Nov 2024
17
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Orlando Caliman l Essa razoável parcela, numa estimativa aproximada e considerando-se aqueles setores cujos faturamentos estão mais atrelados ao dólar, pode chegar, em termos de impactos diretos, entre 25% e 39% do PIB.  Considero nesse caso setores da indústria, como de minério de ferro, siderúrgico, celulose, mármore e granito; e do agronegócio, com destaque para o café, numa escala maior, pimenta do reino e gengibre, de menor peso relativo.

Até agosto o câmbio em dólar teve um incremento de 15%, e até novembro de 20%. No início de janeiro deste ano o dólar comercial chegou a ser cotado a R$4,86, pressionado mais por circunstâncias internas, por conta de desconfiança do mercado na capacidade do governo na execução do Arcabouço Fiscal, do que qualquer outro fator externo. Numa trajetória de alta pressão chega agora beirando R$ 5,80.

Até outubro os setores listados acima exportaram, em valor, US$ 8,8 bilhões, que equivale a 95% do total exportado. Naturalmente ao diluirmos esse valor total nos dez meses vamos observar que as contrapartidas em real refletirão as respectivas cotações do dólar, quantidades e os preços também em dólar.

No caso do café tudo funcionou a favor, a exceção do preço mais recentemente que apresentou queda. Até outubro entre café verde e café solúvel o Espírito Santo exportou US$ 1,8 bilhões de dólares. Como os volumes exportados foram crescendo no tempo acabou cotando as exportações a um câmbio sempre mais elevado.

*Orlando Caliman é economista, ex-secretário de Estado do Espírito Santo e diretor econômico da Futura Inteligência

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