Orlando Caliman: como seria um Brasil imaginado a partir do Espírito Santo?
Após passar a administrar o terminal de Santos, em São Paulo, e expandir, pela primeira vez, sua atuação para fora do Espírito Santo, a Portocel – operadora portuária de Aracruz, no norte do estado – quer ampliar sua atuação para outros eixos de produção do país. Neste ano, a empresa, que foi fundada exclusivamente para movimentação de celulose, passou a operar cargas de importação de carros e exportações de café. Em 2025, a companhia pretende alcançar novos estados. Entenda.
A Portocel, empresa logística e portuária que tem como acionistas a Suzano e a Cenibra, dois grandes players do setor de celulose e papel, passou por grandes marcos em 2024: além de expandir pela primeira vez para fora do estado – ao atuar no Porto de Santos, em São Paulo –, passou a diversificar suas atividades ao operar cargas de importação de veículos da China e exportação de café para a Alemanha e Bélgica.
Inaugurado em 1978, o terminal era dedicado exclusivamente à movimentação de celulose. Para buscar eficiência, a empresa passou por um processo de diversificação de cargas na região, incluindo também rochas ornamentais e fertilizantes, além de aprimorar sua infraestrutura para atender uma ampla gama de cargas e regiões como o Sul da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O gerente geral da Portocel, Alexandre Billot Mori, afirmou que, com tantos projetos e investimentos em andamento, o Espírito Santo está diante de uma oportunidade de um novo posicionamento logístico no país.
“A infraestrutura portuária no Brasil continua apresentando problemas que não vão ser resolvidos a curto prazo, então o estado tem uma vantagem competitiva enorme neste contexto. Pautado nisso, estamos vislumbrando um posicionamento da Portocel de um porto multipropósito, que não atenda apenas a região de Barra do Riacho, mas também em outros estados do país”, explica Billot.
Segundo ele, para o próximo ano, a expectativa é expandir a atuação para novos estados, já que o terminal é conectado, por malha ferroviária e rodoviária, aos principais centros produtivos e de consumo do país.
“O Espírito Santo é um dos estados com maior abertura econômica do país, o que significa que dependemos muito de exportação e importação para fazer a roda girar. Olhando para o negócio e para a carteira de clientes que lá temos, vemos contratos firmados de longo prazo para garantir o escoamento da produção que acontece no mundo inteiro. Então, acredito que esse eixo de produtos continuará sendo demandado, seja para exportação ou importação. Para 2025, estamos com uma visão muito otimista, mas com pé no chão, para capturar ao máximo essas oportunidades que estão postas”, completa.
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