O grupo capixaba Rhino, especializado em antecipação de recebíveis, atingiu a marca de R$ 1,3 bilhão de valor transacionado desde o início da sua operação, há quatro anos. De janeiro a outubro deste ano, a empresa transacionou R$ 355 milhões – valor 47% maior do que a meta que havia sido estipulada no fim do ano passado. Fundada no Espírito Santo, a empresa hoje atua em todo território nacional, e já conectou 3300 companhias em mais de 7 mil operações.
Principal grupo de securitização do Espírito Santo, a Rhino é uma financiadora da atividade de empresários do estado. Na prática, ela adquire recebíveis futuros de companhias e os converte em debêntures – um instrumento de renda fixa que é lastreado nos títulos comprados. Essa operação, chamada tecnicamente no mercado financeiro de securitização, é utilizada com frequência por empresas que querem receber à vista o dinheiro de suas vendas a prazo.
Inicialmente focada no setor de rochas devido à proximidade com fornecedores e empresas do ramo, a companhia diversificou seu portfólio nos últimos anos. Atualmente, 36% de sua carteira ainda está ligada ao setor de rochas, e segmentos como locação e vendas de máquinas, logística, engenharia e indústria vêm ganhando espaço, com 22%, 9%, 6% e 6%, respectivamente.
Segundo Scandar Nemer, um dos fundadores do Grupo Rhino, a diversificação impactou diretamente na alta do volume transacionado. A meta para 2024, prevista no fim do ano passado, era de R$ 251 milhões. Até outubro, a empresa ultrapassou os R$ 355 milhões, 47% a mais do que o previsto para todo o ano.
“A diversificação de setores, sem dúvidas, impactou diretamente no crescimento da Rhino no último ano. Nós nascemos com uma carteira muito endereçada à indústria, principalmente de rochas ornamentais, e neste ano, a diversificação se fez necessária. Em 2024, aumentamos a nossa base de clientes em 53%, devido à expansão da atuação nesses novos setores”.
Nos dez primeiros meses do ano, as debêntures emitidas chegaram a R$ 152 milhões, superando em quase cinco vezes o valor previsto, que era de R$ 30 milhões. “Esse trabalho é feito em parceria com a Apex Partners, um parceiro que acreditou no projeto desde o primeiro ano, e é o nosso distribuidor e comercializador das debêntures”, completa Nemer.
Com um olhar atento à estruturação de novos produtos, a Rhino espera um crescimento ainda mais significativo para 2025, com planos de chegar aos R$ 2 bilhões em valores transacionados.
Uma das novidades da empresa para o próximo ano são as emissões tokenizadas – um processo que utiliza a tecnologia ‘blockchain’ para estruturar um ativo tradicional, permitindo que ele seja fracionado e automatizado.
“Esse tipo de transação, via token digital, faz com que a gente possa fracionar o ativo e destiná-lo para uma plataforma eletrônica. Isso gera mais eficiência, segurança, redução de custos operacionais e, principalmente, a democratização do mercado de capitais para pequenos investidores”, explica.
Além disso, o grupo pretende seguir com uma expansão sustentável, atraindo novos stakeholders enquanto mantém um relacionamento sólido com os clientes atuais, além de investir em aperfeiçoamento de produtos, criando soluções sob medida para atender às demandas específicas dos diferentes setores atendidos.
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