Economia

Veja 11 negócios para iniciar com os R$ 300 do auxílio emergencial

Há negócios que podem ser abertos com pouco dinheiro, mas, antes de sair fazendo o que aparecer é preciso avaliar o que é bom. Confira dicas de especialistas!

Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (17), começa a ser pago pelo governo federal, o auxílio emergencial de R$ 300. Cerca de 12,6 milhões de pessoas vão receber a nova parcela do benefício. Mas você já pensou em usar o dinheiro para iniciar o seu próprio negócio?

O valor de R$ 300 pode parecer pouco para iniciar um novo negócio, ainda mais nesse momento de recessão econômica gerado pela pandemia do novo coronavírus. No entanto, especialistas afirmam que é possível sim abrir uma empresa com este montante e alçar voos mais altos.

O CEO da Academia Brasileira de Inteligência Comportamental, Edson Carli, diz que em períodos de recessão, dois itens não sofrem com a queda nas vendas: os produtos altamente necessários e os supérfluos. “Alimentos e remédios vão continuar vendendo por necessidade, e os doces e outros supérfluos também porque dão um afago no coração.”

Para Luis Stockler, consultor especializado em franquias da BaStockler, é o momento de analisar o seu lado intelectual e ver o que gosta e sabe fazer bem. “Há negócios que podem ser abertos com pouco dinheiro, mas, antes de sair fazendo o que aparecer é preciso ver no que é bom. Sei vender bem, sou bom em mecânica, finanças, é preciso avaliar."

Os especialistas Carli e Stockler elaboraram algumas opções de negócios que podem ser montados com os R$ 300 do auxílio emergencial. Confira:

1) Culinária

Se você gosta de cozinhar, uma boa dica é investir na produção de algum prato ou doce que é a sua especialidade. Com R$ 300 dá para comprar insumos e pequenos equipamentos para iniciar a confecção e partir para as vendas.

2) Filho de aluguel

“Meu pai me ligou outro dia para dizer que contratou um ‘filho de aluguel’ para lhe ensinar a mexer no computador já que os filhos de verdade não apareciam na sua casa”, conta Stockler.

O profissional, além de dar toda a atenção para o pai de Stockler, o ensinou a usar o computador, acessar a internet e cobrou por hora.

“Se você conhece bem tecnologia e tem didática para ensinar idosos, é uma boa opção. Esse público precisa e paga pelo serviço.”

3) Lavar carros

Carli conta que conheceu um profissional que iniciou seu negócio com R$ 100 e deu a volta por cima na vida.

Com esse valor, ele comprou um balde, duas esponjas e um litro de xampu para lavar carros. Bateu de porta em porta em um condomínio e começou a oferecer seus serviços.

Em um único fim de semana, lavou 12 automóveis ao preço de R$ 30 cada um e conseguiu R$ 360. Desse total, R$ 260 de lucro.

4) Passeador e cuidador de animais

Existem quase 140 milhões de animais de estimação no país, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). Por trás deles, donos apaixonados pelos seus bichinhos.

Gosta de animais e tem um espaço em casa para receber visitas eventuais?

Já pensou em oferecer serviço de passeador de cães e de hospedagem para fins de semana, feriados ou outros dias que estiver disponível?

5) Peças customizadas

Carli afirma que, se fosse o seu caso, compraria 10 camisetas – 5 brancas e 5 pretas – customizaria e venderia pela internet. “Se você anunciar algo novo, diferente, vai vender.”

Ele diz que compraria cada camiseta por R$ 17 e venderia por R$ 40. “Os R$ 170 que eu gastei virariam R$ 400 e assim por diante.”

6) Produtos de beleza

Com um investimento inicial de R$ 200 em produtos de sua escolha, é possível ser um revendedor da Embelleze Venda Direta.

No total, são mais de 300 itens entre tratamentos, tinturas, xampus e pós-xampus, além dos produtos de transformação, cosméticos, maquiagens e nutracêuticos (ômega 3, colágeno etc.).

Além dos ganhos com as vendas que realizam, os revendedores também podem montar suas próprias equipes de venda, passando a receber ganhos sobre as compras e vendas realizadas por elas.

7) Reparos

Algumas atividades exigem mais aptidão pessoal do que dinheiro.

Se você tem um lado “faz tudo” e domina a área de reparos em geral, jardinagem e pintura, pode ser uma boa começar um negócio nesse segmento.

8) Sapatilhas

Com R$ 100, é possível ser revendedor da Mil e Uma Sapatilhas, rede que comercializa sapatilhas, calçados femininos, sapatos de salto, tênis, botas, rasteirinhas, chinelos, anabelas, mocassins e scarpins.

A primeira compra deve incluir ao menos quatro numerações diferentes (do 34 ao 39).

Vendedores de São Paulo podem comprar um par de sapatilhas por R$ 25 (em dinheiro) ou R$ 27 (no cartão). Em outros Estados, os valores são de R$ 27 (dinheiro) e R$ 29 (cartão).

Os revendedores podem negociar os produtos adquiridos pelo preço que quiserem – em média, os valores de uma sapatilha no varejo ficam em torno de R$ 35.

Ou seja, ao comprar 10 pares no dinheiro (R$ 250), o vendedor pode faturar um total de R$ 350, chegando a um lucro de R$ 100 em apenas um lote de produtos.

9) Revenda por catálogo

Diversas empresas oferecem a opção de revenda de catálogos com os mais variados produtos.

Na maioria das vezes, essa atividade pode ser iniciada sem nenhum investimento ou com valores baixíssimos. Basta apenas ter o “nome limpo” e realizar um cadastro simples.

A revenda pode gerar comissões que variam de 15% a 40% sobre o preço final. Entre as empresas que trabalham com venda por catálogo, estão:

Cosméticos e perfumaria:

• Avon;

• Natura;

• Boticário; e

• Eudora.

Joias:

Rommanel

Brincos, correntes e acessórios:

Imagem Folheados

Nutrição e controle de peso:

Herbalife

10) Venda de doces

Outra alternativa seria vender doce, segundo Carli. “Iria a um atacadista, compraria R$ 200 em doce e venderia no farol ou em qualquer outro lugar. Certamente esse dinheiro se transformaria em R$ 2 mil em um mês.”

Carli explica: “ninguém vende doce por, no mínimo, o dobro do preço que pagou. Você até pode não ter muito sucesso na primeira semana, afinal, está começando, mas na segunda já pega o jeito e logo estará vendendo bastante.”

11) Vendas online

O casal Priscila Dias dos Santos Oliveira, 33 anos, e Rafael Sokal da Silva Oliveira, 35, está conseguindo incrementar a renda da família vendendo cadeiras pela internet desde junho.

Moradores de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, eles compram cadeiras em Santa Catarina, nas lojas da VestCasa, e revendem pelas redes sociais.

Eles pagam R$ 67 pela peça desmontada e comercializam por R$ 115 o produto montado.

A rede conta com o Clube Vestcasa. No caso do casal, com um investimento inicial de R$ 117 (R$ 67 da cadeira, mais R$ 50 da adesão ao clube) eles afirmam que atingiram um lucro superior a R$ 12 mil em poucos meses.

Os participantes do clube também podem vender itens para cama, mesa, banho, entre outros.

Plataformas digitais:

Quem pensa em começar a vender pela internet, existem plataformas que podem ajudar nesse processo: OLX, Mercado Livre e Marketplace (Facebook), além de lojas virtuais mais segmentadas, como a Enjoei (roupas e acessórios) e Estante Virtual (livros e impressos em geral).

Em todas, com R$ 300 é possível fazer boas compras. Exemplo: é fácil encontrar aparelhos de micro-ondas em perfeitas condições à venda por preços entre R$ 80 e R$ 100.

Se vendê-los por R$ 120 ou R$ 150, fará um bom negócio, assim como o comprador, que pagará muito menos do que um aparelho novo.

*Com informações do Portal R7