ES vai receber investimentos da Indústria 4.0 em robótica, TI e Internet das Coisas
Empresas capixabas que tenham linha de crédito terão acesso a R$ 186 bilhões através do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
O mundo está caminhando para a inovação no ambiente de trabalho, cada vez mais a tecnologia torna-se parte da rotina nas empresas.
Para pavimentar o caminho do Brasil rumo ao desenvolvimento, a Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), foi lançada nesta quarta-feira (12), em cerimônia no Palácio do Planalto.
Estavam presentes o presidente Luis Inácio Lula da Silva, o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, e o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Léo de Castro, para anunciar investimentos públicos e privados de R$ 186 bilhões em setores da indústria digital, como robótica, Tecnologia da Informação (TI), Internet das Coisas (IoT) e Big Data até 2035.
Em entrevista ao Jornal Online Folha Vitória, Léo de Castro afirmou que boa parte do dinheiro oferecido pelo programa vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"As empresas capixabas que têm linhas de crédito poderão ter acesso a esse investimento por meio do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que é uma organização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)."
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A Missão 4 da NIB trata da agenda de transformação digital. Uma das metas desta etapa é garantir que 25% das empresas brasileiras utilizem ao menos 3 tipos de tecnologia digital nos processos industriais até 2026, e que essa porcentagem suba para 50% até 2033.
"Também foram reforçadas as metas do Brasil = Produtivo (B+P), lançado em janeiro, cujo objetivo é promover práticas de gestão e tecnologias digitais para que todas as empresas ganhem produtividade e competitividade. Esse programa visa atender 200 mil empresas nos próximos anos, e é operacionalizado, no ES, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)", afirmou o mandatário da CNI.
"Impacto brutal para o Brasil alcançar a economia global", afirma Léo de Castro
De acordo com Castro, o mundo todo colocou como agenda central o avanço na era digital, e se isso não for reforçado no país, a indústria brasileira "perde o passo" do desenvolvimento.
"O impacto desse investimento é brutal para podermos alcançar a economia global. Todo esse apoio de infovias, conectividade, semicondutores, Inteligência Artificial (I.A.) e Indústria 4.0, vai formar a base de uma indústria competitiva no país. É um setor que paga melhor e gera melhores salários, e isso é relevante para a elevação da renda média do país", apontou.
Dentre os focos de investimento, estão R$ 2 bilhões para a transformação digital, R$ 4 bilhões para a expansão da banda larga e da conectividade, fomento para o setor de semicondutores, por meio do programa Brasil Semicondutores, e também para o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.
Ainda de acordo com Léo, a nova política industrial vai impactar o ambiente de negócios "reduzindo o custo Brasil": "Isso está sendo tratado junto com a aprovação da reforma tributária. Será muito importante, junto com micro reformas como o Marco das Ferrovias e o Marco da Cabotagem", concluiu.