Finanças em casais: dicas essenciais para evitar conflitos
É importante que o casal seja flexível e esteja disposto a fazer adaptações conforme necessário. Revisões periódicas do orçamento são fundamentais
*Artigo escrito por Erika Almeida, assessora de Investimentos da Valor e Membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Finanças do IBEF-ES.
Segundo pesquisa da SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em 2023, 32% dos casais brasileiros discutem frequentemente sobre dinheiro.
Gerenciar finanças em casal pode ser um desafio, mas é crucial para alcançar a harmonia e a prosperidade.
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Quando parceiros adotam uma abordagem conjunta e transparente sobre dinheiro, evitam conflitos e constroem uma base sólida para o futuro.
Antes de tudo, estar em casal significa pensar como uma pequena empresa, porém com duas fontes de renda. O indivíduo, ao se casar, tem uma soma de esforços e renda que até então não tinha.
Desta forma, um casamento com finanças bem administradas pode ser uma excelente ferramenta para alcançar objetivos até então inalcançáveis individualmente.
Dito isso, o primeiro passo para um gerenciamento financeiro eficiente em casal é a comunicação aberta.
Discutir visões sobre dinheiro, prioridades financeiras, metas de curto e longo prazo, e preocupações ajuda a alinhar expectativas e criar um plano financeiro conjunto.
Desenvolver um planejamento financeiro conjunto é essencial. Para tal, a criação de um orçamento é primordial, contemplando as receitas e despesas do casal.
Outro ponto importante do planejamento é poupar parte da renda para reserva de emergência e investimentos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, cerca de 50% dos casais brasileiros tinham algum tipo de reserva financeira.
Estabelecer metas financeiras, como a compra de uma casa, viagens, ou a criação de um fundo de emergência, é fundamental para manter o foco e a motivação.
Esse planejamento pode ser com contas conjuntas ou separadas. Essa decisão depende das preferências e da dinâmica do casal.
Dados do Banco Central do Brasil em 2023 mostram que 60% dos casais optam por manter uma conta conjunta para despesas comuns.
Contas conjuntas facilitam o gerenciamento das finanças domésticas e promovem transparência.
Por outro lado, contas separadas permitem maior independência e podem ser mais adequadas para casais que preferem manter certa autonomia financeira.
Uma solução intermediária pode ser manter uma conta conjunta para despesas comuns e contas separadas para gastos pessoais.
Dividir as responsabilidades financeiras é importante para garantir que ambos os parceiros estejam envolvidos na gestão do dinheiro.
Isso pode incluir o pagamento de contas, a administração dos investimentos e a revisão regular do orçamento.
A participação ativa de ambos ajuda a evitar ressentimentos e promove um senso de parceria e responsabilidade compartilhada.
Investir em educação financeira é essencial. Participar de cursos, ler livros e acompanhar conteúdos sobre finanças pode ajudar o casal a tomar decisões informadas e a desenvolver uma mentalidade de crescimento em relação ao dinheiro.
Segundo a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em 2023, 45% dos casais buscaram algum tipo de orientação financeira. Livros como "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", de Gustavo Cerbasi, oferecem valiosas orientações para casais que desejam aprimorar sua gestão financeira.
A vida financeira de um casal está sujeita a mudanças, como a chegada de filhos, mudanças de emprego ou imprevistos.
É importante que o casal seja flexível e esteja disposto a fazer adaptações conforme necessário. Revisões periódicas do orçamento e das metas financeiras são fundamentais para alinhar expectativas e garantir que o casal atinja seus objetivos.
Sendo assim, a gestão financeira em casal é um aspecto crucial para a construção de uma vida harmoniosa e próspera.
Com comunicação aberta, planejamento conjunto, divisão de responsabilidades e educação financeira, os casais podem alcançar suas metas e enfrentar os desafios financeiros com confiança.
*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo