Economia

Cesta básica pode custar 59% do salário mínimo com o fim da isenção de impostos

Com a suspensão da desoneração sobre os produtos considerados essenciais na mesa dos brasileiros, os preços ficariam de 11,22% a 36,05% mais altos

Foto: Divulgação

O projeto que visa suspender a desoneração da cesta básica deve ser enviado ao Congresso Nacional ainda este ano e, se aprovado, pode elevar o preço médio da cesta em 22,7%.

De acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), com o fim da isenção de impostos sobre os produtos considerados essenciais na mesa dos brasileiros, os preços ficariam de 11,22% a 36,05% mais altos.

Se aprovado o projeto, passariam a compor o preço de itens da cesta básica:

• PIS (Programa de Integração Social)

• Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e

• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

Com isso, a carga tributária sobre 12 itens da cesta básica ficaria assim:

• Açúcar (30,61%);

• Arroz (17,24%);

• Banana (21,78%);

• Batata (11,22%),

• Café (16,52%);

• Carne (29%);

• Farinha (17,34%);

• Feijão (17,24%);

• Leite (18,65%);

• Manteiga (33,77%).

• Molho de tomate (36,05%); e

• Óleo (22,79%);

O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, conta que considerou como base o preço da cesta básica de São Paulo, que hoje custa R$ 473,59. Com o fim da desoneração, o valor subiria para R$ 581, ou seja, 59% do salário mínimo atual, que é de R$ 998. “Cada estado tem a sua cesta básica. O governo alega que alguns incluíram produtos que não são consumidos pela população mais pobres e que a desoneração favorece apenas a classe média”, comenta Olenike.

Ele cita o caso do salmão, incluído na cesta básica do Rio de Janeiro, que não está presente na mesa dos mais pobres. “Se o governo não concorda com este item, ele pode substituí-lo por outro, não tributar a cesta inteira”, defende Olenike.

Com informações do Portal R7.

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