O Ministério da Cultura aprovou um projeto de Luan Santana, através da Lei Rouanet, que custará – indiretamente – R$ 4,1 milhões para os cofres públicos.
A verba aprovada é referente à 15 shows da turnê ‘Nosso tempo é hoje II’, do cantor. A justificativa do sertanejo para o governo cita “difundir as raízes sertanejas enquanto manifestação cultural e artística a partir da música romântica, além de sua história e influência na formação da sociedade contemporânea”, e “promover acesso a entretenimento musical de qualidade”, diz o texto da proposta. Com o projeto aprovado, Luan Santana receberá o incentivo de R$ 4 milhões via Lei Rouanet. O que gerou um grande questionamento, afinal, Luanzinho nem é tão pobre mais, né? Mas artistas que aparentemente não precisam de tanto incentivo financeiro do governo continuam pedindo (e ganhando) dinheiro do Ministério da Cultura, através dessa Lei.
A polêmica em volta do assunto se faz porque o benefício, no imaginário das pessoas, só deveria ser concedido para quem precisa. Ou seja a artistas que querem expor sua arte e não tem condições de difundir Brasil afora. Mas na verdade, a Lei Rouanet não é para quem precisa. É para qualquer artista ou produtor artístico. Luan Santana é brasileiro e tem um produto artístico (a turnê) comprovado. Então o Ministério da Cultura não tem opção senão em aprovar – talvez não na sua totalidade, mas no essencial. O valor proposto pela LS Music foi de R$ 4.650.625. O MinC aprovou a captação de R$ 4.143.325.
A turnê divulga o DVD “Nosso tempo é hoje“, lançado no final de 2013 por Luan Santana terá 15 shows nas seguintes cidades: Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá, Recife, Rio Branco, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Uberlândia (MG), Macaé (RJ), Londrina (PR) e Ribeirão Preto (SP). Uma parte dos ingressos será distribuída gratuitamente a associações assistenciais, como forma de democratizar o projeto, conforme exigência da Lei Rouanet. Mas também haverá venda de entradas. E você, o acha do assunto?