“A música me salvou e salva todos os dias. A cada apresentação, sinto que contribuÍ na vida de alguém…”
Que o Espírito Santo está muito bem representado quando falamos sobre música eletrônica, já sabemos, mas poucos tem noção do caminho para chegar ao sucesso, e nem sempre estamos falando de fama, mas de superação.
E falando em representação do nosso estado, a capixaba Álice marcou presença no maior festival de cultura alternativa da América Latina, o Universo Pararello.
“Posso dizer que o Universo Paralello foi a melhor experiência da minha vida. Não só pelo fato de eu ter realizado um sonho, mas também por tudo que vivi. Foram os melhores dias da minha vida. Fui verdadeiramente feliz”.
Melhor do que estar na pista, é conseguir sentir a emoção de quem está do outro lado. Observar o amor explícito pela música é o que de mais lindo podemos encontrar em qualquer balada. Fechar os olhos seja lá onde estiver, sentir o som chegando sem pedir pra entrar…
“Tenho o privilégio de ter me apresentado em várias cidades do nosso estado e fora dele também. A cada experiência, me surpreendo. Pessoas distintas, com personalidades únicas e vivências singulares dizendo que minhas músicas as tocam, que eu as emocionei, que quando ouviram algum trabalho se sentiram abraçados e confortados por mim… saber disso é incrível”.
Música cura, acalenta e aquece corações sem pedir licença. As batidas, os acordes, as letras que tocam a alma… tudo isso é encantador.
“É exatamente isso que eu quero com a música. Quero levar paz, conforto e felicidade para cada pessoa que me escuta. Essa é a parte mágica da música: conseguir me conectar com as pessoas sem ser fisicamente e levá-las para o melhor lugar no mundo, para dentro de nós mesmos”.
Aos 17 anos, Álice começou a caminhada em busca do sonho, e ao lado, pessoas ímpares.
“Minha carreira foi um acaso na minha vida. Nunca sonhei em ser DJ. Na verdade, nunca pensei em trabalhar com música. Planejava ingressar em uma faculdade e levar a minha vida assim, mas em 2015, seria inaugurada uma casa de shows em Guarapari e o DJ residente me convidou para ser DJ da casa. Ele me ensinaria a tocar e em troca, eu seria residente da casa. Por ser menor de idade, meus pais revezavam para me acompanhar nos shows”.
TER COM QUEM CONTAR DURANTE A CAMINHADA…
Sempre digo que as melhores histórias a gente encontra em conversas leves e despretensiosas.
Matheus Lamarca produz nomes da cena eletrônica capixaba, e um deles é o de Álice. Nos olhos dele durante nosso bate-papo em um dia de Carnaval, vi o amor, respeito e admiração pela artista que com toda certeza tem um lindo caminho e com certeza ganhará o mundo.