Kakula veio determinado a vencer os desafios que surgirem no programa. Será que ele consegue?
Carlos Victor Lírio, de 40 anos, é um publicitário de formação que mora em Colina de Laranjeiras, na Serra. Apesar do nome todo imponente, se perguntarem por Carlos, ninguém saberá quem é: todo mundo o conhece como Kakula.
A história remete a momentos vividos na infância. “Sou caçula de três irmãos. O do meio não sabia falar caçula, então ele perguntava: ‘quem é esse, mamãe?’ e ela falava: ‘esse é o caçula da mamãe’. E aí ele falava: ‘Kakula!’ e todo mundo achava muito bonitinho. Assim, virei Kakula”, conta.
Quanto a participar do Mais Doce, Kakula conta que sempre teve o sonho de participar de um reality show. Sendo um reality especialmente de confeitaria, o sonho se multiplicou por dois. “Juntaram dois sonhos ao mesmo tempo, a expectativa está a mil, mas sou calmo, vou entrar focado e tranquilo para ganhar. Quero sair vencedor”, diz.
“Comecei vendo e ajudando meu pai na cozinha”
A trajetória do participante na cozinha veio desde cedo, vendo e ajudando o pai a fazer os almoços de domingo, tortas capixabas, massas e molhos. “O considero minha maior inspiração. Também tenho uma prima que faz bolos e doces, então, comecei criança. Claro que não como algo profissional, mas sempre querendo aprender e testar receitas”, descreve.
Kakula faz bolos desde criança, sendo que o “Nega Maluca” foi o primeiro que aprendeu. A receita leva água quente e fica bem fofinha. “Aquilo tudo me impressionava demais. Depois, vieram brigadeiros e outros, sempre parte da minha vida”, resume.
Com uma família animada, a cozinha virou quase uma brincadeira. Era só ter um aniversário que todos se juntavam e Kakula já gritava que faria o bolo e ajudaria enrolando os docinhos.
“Tudo acontecia de forma bem inocente, ingênua, e posso dizer que sempre gostei mais de doce que de salgado. Salgado só fui fazer depois, quando fiquei mais velho, como risotos, massas, empadão e até galinhada. Mas sempre tive um pé e sempre fiz melhor na confeitaria. O doce sempre foi mais o meu forte”, destaca.
Relação entre a publicidade e a confeitaria
Kakula também é publicitário. Por esse motivo, considera que prefere planejamento até mesmo na cozinha. Ele busca apresentar doces bonitos e que apresentam, segundo ele, “resultado”.
“Na confeitaria, também crio um projeto na minha cabeça: ‘vou fazer um bolo de tal e tal jeito’. E então executo, decoro, deixo bonito e entrego para as pessoas. Talvez seja o segredo para os elogios: ‘Caramba, essa combinação ficou muito legal. Que bolo maravilhoso’. Ouvir isso é uma realização pessoal”, define.
Bolo surgiu em ceia de Natal
Voltando ao passado do confeiteiro, quando ele ainda era criança, uma memória em especial o marcou. Era um Natal em família, e havia sido preparada uma super ceia. Apesar disso, não tinha doce.
“Aí eu falei que iria para a cozinha fazer um bolo de chocolate com nozes. Desde então já era gostoso, só não era bonito. Foi um sucesso e em todos os natais ele está presente, virou tradição e é também o mais vendido na minha confeitaria”, reforçou.
Estratégia para o Mais Doce
Para o Mais Doce, Kakula pretende apostar em sabor e equilíbrio, que são as duas palavras que o definem, conta. Ele pretende fazer doces que não sejam um exagero em açúcar e que contenham uma dose de amargor também. Além disso, ele pretende levar recheios que se complementam.
“Minha estratégia para ganhar é fazer bolos muito saborosos e diferentes. Não é só fazer um brownie, mas fazer, desconstruir e transformar, para as pessoas falarem: ‘Caramba, nunca pensei que um brownie pudesse chegar a esse ponto'”, destacou.
Como sonho, em especial depois do reality, Kakula pretende abrir uma confeitaria com o próprio nome e viver de doces, já que é algo que ele faz muito bem. Durante a pandemia, inclusive, foi quando ele começou de fato com as vendas. “Deixei a correria das agências de publicidade, fiz bolos e deu muito certo”, conclui.
Mas agora ele quer ir além. Com muito carinho e amor, ele pretende abrir um negócio com atendimento ao público. Hoje ele conta com uma cozinha montada, que não é destinada a receber clientes. Para ele, que está super confiante, é questão de tempo até a realização do sonho.
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