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Dia da Mulher: conheça as DJs capixabas que 'bombam' nas pistas do ES

No Dia Internacional da Mulher, conheça as DJs capixabas que se destacam na cena

Thamiris Guidoni

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem Folha Vitória
Laura, Lorelai, Jess e Monia se destacam no cenário musical do Espírito Santo

Elas esbanjam boas energias, beleza e alegria por onde passam. As luzes, os sons, o toque de cada batida, as pessoas dançando e curtindo cada música... Laura Murad, Lorelai, Jess Benevides e Monia Lombardi levam para as pistas da Grande Vitória, além de muito som bom, o amor pela profissão.

Elas são diferentes mas, ao mesmo tempo, têm muito em comum: decidiram apostar no sonho e viver o que a música tem a oferecer de mais incrível. 

As capixabas vêm sacudindo a pista e fazendo jus a profissão que tem o poder de levar ao público uma vibe daquelas!

No Dia Internacional da Mulher, conheça as DJs capixabas que mandam muito bem: 


>> LAURA MURAD <<

"Música é terapia e lembrança de fases da vida. A música é capaz de mudar o humor do ambiente e da pista de dança..."
Foto: Reprodução / Instagram

A música liberta e tem o poder de ditar como será o dia. 

"A música é a minha vida, sempre foi. O primeiro festival que participei foi com 12 anos. Ser DJ é você conseguir levantar a pista e fazer as pessoas sentirem o poder da música".

Natural de Vitória, aos 29 anos, a DJ capixaba Laura Murad agita a noite dos capixabas com muita música boa. 

"Comecei a ser DJ um pouco antes da pandemia, mas sempre fui apaixonada por música. Fui em vários festivais até que resolvi me jogar". 

E, pra quem acha que ser mulher e DJ é fácil, se engana. Essas artistas, em determinado momento, acabam sendo assediadas. 

"Graças à Deus, no meio da música eletrônica é mais tranquilo em relação a isso, as pessoas vão pra curtir o som mesmo. Muitos elogiam depois, mas não é um ambiente de foco de 'pegação', mas já sofri assédio de contratante e foi horrível. Tem homem que acha que a gente tem que ceder por ser mulher e que só assim vamos conseguir tocar nas festas". 

Em meio ao cenário musical do Espírito Santo, Laura acredita que para que as mulheres se destaquem cada vez mais na profissão, é preciso união. 

"Como profissional somos tão capacitadas quanto os homens, o que falta é a gente se unir mais. Infelizmente tem gente que ainda não entendeu que unidas podemos ir muito além. Em relação aos homens, contratantes, é enxergar esse potencial nosso e que não tem problema nenhum sermos tão boas ou melhores que os homens. Conheço muita DJ mulher que entrega tudo e tem muito mais carinho, cautela e profissionalismo". 

>> LORELAI << 

"Música é você tocar e levar alegria pras pessoas e de volta receber essa alegria também. Quando saio do palco, saio leve e cheia de energia boa!"
Foto: Reprodução / Instagram

Aos 34 anos, ela agita a pista e abrilhanta as noites da Grande Vitória. Advogada e DJ, Lorelai começou no cenário musical em 2019. 

Natural Vitória, a capixaba já dividiu palco com grandes artistas como Evokings, Almanac, Vitão, Ponto de Equilíbrio, Vinne, PK, Falamansa, Maneva entre outros, chegando a tocar para um público de mais de 4 mil pessoas na Vibe Itaúnas nos Réveillons de 2019 e 2021.

Da cidadania dupla, alemã e brasileira, surgiu o nome Lorelai, baseado no folclore alemão da sereia que encantava os marinheiros com sua música, objetivo principal da DJ que busca 'enfeitiçar' o público com seus sets e energia contagiantes.

Um dos projetos recentes da artista foi a gravação de uma live no Píer da Iemanjá, ponto turístico de Vitória. O vídeo estreou no canal norte americano da Vex Distro e já tem mais de 1 2 mil visualizações

Falando sobre as noites, a DJ diz sempre tem ao lado o parceiro que escolheu pra vida, Carlos Devillart. Sobre assédio, Lorelai diz que nunca passou por uma situação semelhante, mas reforça que a mulher DJ ainda é pouco valorizada no mercado. 

"Graças a Deus nunca passei por isso, mas já ouvi de algumas colegas que sofreram. Comigo são todos muito respeitosos, mas meu marido também sempre anda comigo. Pode ser que isso impeça as investidas. O único problema que vejo hoje sendo DJ mulher é que muitos produtores ainda preferem contratar DJ homem. Vemos muito line por aí com 15/20 homens e nada de mulher, sendo que existem muitas profissionais excelentes!". 

A música transborda amor e felicidade, tanto para quem toca quanto para quem ouve. 

"Nossa pra mim é uma experiência única. É como se fosse minha válvula de escape desse mundo q vivemos hoje. Na advocacia, por exemplo, profissão que exerço e amo, tem os altos e baixos, muitas injustiças, mas na musica você recebe o bem. É você tocar e levar alegria pras pessoas e de volta receber essa alegria também. Quando eu saio do palco eu saio leve, cheia de energia boa!".

>> JESS BENEVIDES <<

"Quando toco me sinto completa e feliz. É como se fizesse parte daquilo desde que nasci. Sou muito grata por tudo!".
Foto: Reprodução / Instagram

Ela tem um brilho único que deixa as noites da Grande Vitória ainda mais encantadoras… Jess Benevides começou a tocar aos 22 anos quando ainda cursava a faculdade de Direito. Indo em busca de um sonho e seguindo as batidas do coração, a capixaba, que chegou a passar na OAB, decidiu trocar a advocacia pelos palcos.

“Desde que comecei recebi muitos convites para tocar fora do Estado. Foi aí que vi que o negócio estava andando e decidi investir mesmo. Já rodei em todas as regiões do País e isso é muito gratificante.”

E se tem uma coisa que ela sabe, é se destacar. Jess, além de ser um sucesso no Espírito Santo, já tocou ao lado de nomes poderosos quando falamos sobre cenário musical.

“Sempre fui muito verdadeira quanto aos meus sentimentos, a música e estar no palco. Foi algo que fluiu naturalmente. Já toquei ao lado de vários grandes nomes da cena do Brasil: Alok, Vintage. Já abri o show da Marília Mendonça e fechei o show do Ja Rule”.

E aí vai um conselho importantíssimo pra quem está no caminho e quer seguir carreira como DJ: “Nunca desistam dos seus sonhos. Sejam persistentes. A luta não é fácil, principalmente para as mulheres. Temos que ser consistentes e acreditar muito no nosso trabalho e estudar muito, porque com certeza a realização vem, e quando vem é muito gratificante.”

Para Jess, o mais importante é a mulher reconhecer o poder que tem.

"Muito trabalho. Muita pesquisa e força de vontade! Não pode se ver menor do que qualquer homem. Nos precisamos reconhecer o nosso valor."

>> MONIA LOMBARDI <<

"A música me cura.. cura a alma! Me trás a energia que preciso para me manter bem..."
Foto: Reprodução / Instagram

A DJ capixaba Monia Lombardi se destaca na cena eletrônica há 7 anos. 

Apresentando o melhor do House Music, Monia é reconhecida por atuar em festas e eventos de destaque na música eletrônica do Espírito Santo, tendo se apresentado também em outros estados e fora do País.

Aos 33 anos, a artista já dividiu palco com grandes nomes da cena como Purple Disco Machine, Claptone, Ashibah, Alok, Vintage Culture, entre outros.

E para quem sonha seguir os passos de Monia, um recado muito importante: "A maioria das pessoas confundem a carreira de DJ. Muitos levam como hobby, e acabam não levando a sério como um trabalho de verdade". 

Para ter sucesso, é preciso focar e levar a profissão a sério. "Para quem quer seguir esse caminho é preciso estudar muito e focar sempre para levar o trabalho bem a sério, senão, nada vai pra frente". 

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