Entretenimento e Cultura

Fotografando a Amazônia em navio da Marinha, Fernando Augusto estreia exposição

A exposição apresentará trabalhos relacionados à pesquisa do artista com paisagens, em desenhos, fotografias e vídeos

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O artista plástico, pintor, desenhista, fotógrafo e colunista do Arte+, do jornal online Folha Vitória, Fernando Augusto vai inaugurar a exposição individual “A Persistência da Paisagem”, nesta terça-feira (11), no Museu de Arte do Espírito Santo (MAES). 

A exposição apresentará trabalhos relacionados à pesquisa de Fernando com paisagens, em desenhos, fotografias e vídeos. A mostra estará aberta à visitação até 11 de Agosto. 

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O nascimento da exposição se deu após uma viagem que Fernando Augusto realizou em um navio da Marinha para desenhar e fotografar a floresta Amazônica. 

Daí nasceu o interesse do artista em desenhar paisagens, que se modificam constantemente no trânsito, na passagem. 

Fernando Augusto afirma que nunca havia traçado paisagens, mas ao começar a desenhá-las, era como se já as tivesse feito.

"Fotografei e desenhei na viagem. Assim, fui contaminado pela paisagem, pela natureza. Daí para frente, sem saber ao certo por onde estava indo, invernei no desenho de paisagem, e passei realizar caminhadas pelos parques, trilhas e caminhadas existentes no Espírito Santo, incluindo a caminhada de quatro dias denominada 'Passos de Anchieta'. Nelas, tenho retomado um contato com a natureza que julgava ter perdido desde a adolescência, quando vivia no interior da Bahia", relatou Fernando. 

Uma das propostas é ativar o imaginário para criar regras e outros dispositivos que potencializem as materialidades, os repertórios e os corpos em ação, colocando em evidência a relação da arte e vida e os limites da nossa relação com o meio ambiente.

Ao longo da exposição, uma programação de conversas será realizada como forma de criar campos de interação sobre os trabalhos, o processo criativo e o exercício crítico em torno da pesquisa de Fernando Augusto.

"O desenho meu me levou à natureza e o desenhar me leva à poesia. Porque digo isso? Porque desenhando invento paisagens. Diferente por exemplo do grande desenhista paranaense Francisco Faria, cujos desenhos refletem um lugar que ele identifica, o meu é gráfico e pouco se refere a um lugar. Misturo imagens, fotografia e anotações, para criar com o que vi, imagens que quero ver plasticamente. Costumo dizer que desenhar paisagens é inventar paisagens, mas para fazer isso preciso de paisagens reais", destacou.  

O primeiro encontro será entre o artista e a pesquisadora e professora do DAV-Ufes, Cláudia França, a ser realizado na Galeria Matias Brotas e o segundo entre o artista e a curadora Almerinda Lopes, no MAES.

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Com curadoria de Almerinda Lopes e assistência curatorial de Flávia Dalla Bernardina, o espectador poderá fruir a experiência da deriva e criar rotas de deslocamento para chegar aos trabalhos. 

Para encontrar as obras do artista Fernando Augusto, o público é convidado a inventar as próprias paisagens do percurso, através de lugares reais, como diz o artista.

“Assim, à medida que o espectador se detém a observar e a dialogar com essas obras, a percepção torna-se tátil, condição necessária para penetrar, tocar e desvelar os elementos poéticos e poiéticos, ou seja, o que não pertence à ordem do visível, mas ao invisível, à subjetividade e ao imaginário". 

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A Persistência da Paisagem

MAES – Museu de Arte do Espírito Santo
Endereço: Avenida Jerônimo Monteiro, 631 - Centro
Abertura: terça, 11 de junho
Visitação: 12 de junho a 11 de agosto
Programação Paralela
“Outras paisagens” – Exposição paralela na Galeria Matias Brotas
De 13 a 21 de junho, das 13 às 19h
Conversa entre o artista e a pesquisadora Cláudia França
13 de junho às 17h, na Galeria Matias Brotas
Conversa entre o artista e a curadora Almerinda Lopes
8 de agosto às 17h, no MAES
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