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"O que vamos fazer? Ninguém é eterno", diz Fernanda Montenegro sobre a morte

A atriz comentou também sobre a indicação para o Oscar de 1999, com o filme Central do Brasil

Redação Folha Vitória
Foto: Instagram/ @fernandamontenegrooficial

Fernanda Montenegro recebe uma homenagem no especial Tributo, da Globo, que será exibido na quinta-feira, 17, após a novela Mania de Você

Na produção, ela aborda a chegada dos 95 anos, celebrados no dia anterior da exibição do documentário. "Ninguém é eterno", comenta, em trecho divulgado pela produção.

Pioneira na televisão, ela recorda do início na profissão. "Eu comecei em dezembro de 1950 na TV Tupi. Havia um grande elenco, todos muito jovens, e hoje estamos aí a beira dos 100 [anos]. As nossas biografias são muito bonitas, porque são biografias de resistência".

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A atriz comenta também sobre a indicação para o Oscar de 1999, com o filme Central do Brasil: "jamais pensei que iria levar esse negócio. Mesmo que não pegue a estatueta, aquilo já bota você no noticiário. Eu assisti como se estivesse em uma fantasia. Sabia que não ia levar nada, mas estive lá.

Entretanto, Fernanda se declara uma "mulher dos palcos", que permeia pela trajetória da atriz na fundação da Companhia Teatro dos Sete, em 1959. Sobre a filha, a veterana admite: "ela é um ser totalmente do presente.

E trabalha mais do que nós todos: é chamada para filme, novela, peça, debate e comerciais. Ao mesmo tempo, há atrás dela uma corrente de pessoas e de experiências. Como traduzir isso? Talvez seja o preço de viver muito, lucidamente".

Fernanda Montenegro, que na verdade se chama Arlette Pinheiro Monteiro Torres, diz que os nomes equilibram a convivência entre a vida de atriz e a "pessoa física". "Uma é a chamada de uma arte, de uma profissão. A outra, sou eu de porta fechada, sólida, dentro de casa. Será que isso é sadio? Não sei! Mas é desafiador. E já que estou com essa idade, tenho sobrevivido".

Por fim, ela completa sobre o marido Fernando Torres, que morreu em 2008, e com quem teve dois filhos, Fernanda Torres e Cláudio Torres: "Sem Fernando, a minha vida não se cumpriria. Do nosso mais profundo pacto de existir, vieram dois filhos maravilhosos, que também são referências dentro do nosso processo artístico. Tenho que agradecer, viu Fernando, a você".

"A vida é um palco. O mundo é um palco. E todos nós somos atores", finaliza.

Tributo é uma obra original Globoplay, com direção de Matheus Malafaia, direção de gênero de Mariano Boni, direção artística de Antonia Prado e redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich.