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Carol Duarte relembra papel em A Força do Querer e cita as mudanças de seu personagem na trama

Sempre presente no teatro, a atriz se mostrou espantada com a repercussão que seu trabalho como Ivana teve em âmbito nacional

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

Para quem não sabe, A Força do Querer - novela que foi ao ar em 2017, está novamente nas telinhas da Rede Globo e Carol Duarte acabou citando em uma entrevista dada ao Extra sobre as mudanças na vida e em sua carreira ao interpretar Ivan e Ivana na trama.

- A estreia foi em 2017 e a primeira coisa que pensei foi o quanto tanta coisa mudou em três anos. Particularmente, meu trabalho ganhou projeção nacional. Eu que só tinha feito teatro, fiquei chocada com o quanto a novela atinge todos os lugares do nosso país e no mundo. Depois de A Força do Querer, fiz o filme A Vida Invisível. Fui para vários festivais e todos os países latino-americanos tinham visto a trama. Fiquei impactada!

Para quem não acompanhou a novela, Carol Duarte teve que transitar por uma angustia que a sua personagem vivia por não ter se encontrado no mundo.

- Ivan foi construído pensando no fim. Eu sabia que ia se entender um garoto transexual ao longo da novela. Fiz entrevistas com homens trans, li muito sobre o assunto, tenho diários da personagem, vi filmes... À medida que a novela avançava, o público, junto com o Ivan, descobria quem ele era de fato.

Ainda segundo a entrevista de Carol Duarte ao Extra, o mergulho da atriz foi tão profundo no universo dos personagens que até hoje ela sente as marcas em si mesma.

- Eu me dediquei a me informar sobre o que era gênero, construção social por trás do que é ser mulher e homem. Existe uma infinidade de formar de estar no mundo, mas percebi o quanto somos condicionados a agirmos, sentirmos, vestirmos de acordo com parâmetros construídos. Não estou duvidando da biologia, mas sim das regras impostas como azul é para meninos e rosa para meninas. Estudando, me libertei de certas pressões, como o jeito que uma mulher deve falar, quem ela deve amar. Somo oito bilhões de pessoas no mundo e só existe a concepção de que mulheres são sensíveis e homens são fortes? São estereótipos que não dão conta da complexidade do que é o ser humano.

Uau! Que aula, não é mesmo?

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