A saída do Uber Eats do mercado no Brasil pegou o empresariado de surpresa em janeiro de 2022. Após uma alta no consumo de comida via delivery desde o início da pandemia, a notícia assustou administradores que tinham o canal da empresa de motorista por aplicativo como principal meio de vendas.
O receio agora é para onde migrar esses clientes, pois o mercado ficou ainda mais monopolizado com outros apps de pedido de comida que chegam a concentrar até 80% dos pedidos.
Com medo de apostar suas fichas em um único canal de vendas, muitos restaurantes estão partindo para o delivery próprio como alternativa de fugir das altas comissões e os chamados ‘’tapetões’’ de posicionamento que as empresas realizam dentro de suas plataformas.
No início do ano, Burger King e McDonald’s começaram campanhas em torno dos seus canais próprios de venda. O grupo American Burger também partiu para essa aposta.
O grupo planeja no início de março a expansão dos pedidos via aplicativo próprio. Além de outra ideia, que é uma ferramenta que vai possibilitar que os clientes realizem pedidos via WhatsApp de todos os restaurantes da empresa.
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Segundo a CEO do American Burguer, Camila Guerra, o investimento das marcas em canais próprios de vendas é uma tendência que veio para ficar, pois os restaurantes começaram a enxergar que hoje não possuem nenhuma influência sobre o cliente final, pois todas as informações ficam limitadas aos aplicativos de marktplace.
O maior destaque de inovação que restaurantes têm apostado, segundo Camila, fica justamente por conta dos pedidos feitos via WhatsApp. “Hoje passamos mais parte do nosso tempo dentro do WhatsApp e agora não vamos precisar sair nem para fazer um pedido de refeição. O cliente vai fazer o pedido pelo 0800 e nosso robô localiza qual a loja mais próxima que atende ele”, explica.
Além disso, o grupo continua com a expansão de suas unidades pelo Brasil e planeja abrir em 2022 mais de 50 unidades das marcas American Burger, Suhi Now e Precin Pizzaria. O faturamento da empresa fechou 2021 em R$ 50 milhões, um crescimento de 100% em relação a 2020, mostrando que o setor alimentício continua aquecido mesmo com as dificuldades da pandemia.