A rigor, as famosas fotos de “antes e depois” que volta e meia surgem nas redes sociais não são liberadas pelos órgãos reguladores do exercício da medicina, especificamente. Outras entidades, como os de dentistas e biomédicos, não entram nessa alçada, o que cria ainda mais polêmica em torno do assunto.
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Para médicos, principalmente dermatologistas e cirurgiões plásticos, a postagem desse tipo de conteúdo é estritamente velada, como, afinal, esclarece a dermatologista Vivian Simões.
“A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) não permite a exposição de fotos de antes e depois dos pacientes, alegando que é necessário manter a ética médica e a boa prática da medicina e que tal situação pode colocar os pacientes e os próprios profissionais em situação de vulnerabilidade”, diz.
E complementa: “Este assunto se torna polêmico, pois a maioria dos médicos, principalmente os que trabalham com estética e consequentemente com resultados visuais, não concordam ou até mesmo não entendem a regra de proibição de divulgação de imagens de antes e depois”.
Para a médica, a prática adotada por outros profissionais que não médicos que é o grande problema, porque é isso o que gera uma comoção no mundo médico sobre o tema.
“Logicamente, se liberado, tudo seria feito com responsabilidade e ética, sem a necessidade de constranger ou vulnerabilizar os envolvidos. Bem pelo contrário, pois assim muitas pessoas que não conhecem ou tem algum receio em relação ao tratamento abordado, podem se sentir seguras a realizá-lo”, pontua, como ponto positivo, finalizando.