Foto: Thiago Soares/Coletivo Rede de Memórias

Foto da Parada LGBT+ 2022 do Espírito Santo no Sambão do Povo, em Vitória (imagem ilustrativa)

Um grupo que é parte da Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), das mais representativas na luta pelos direitos LGBTQIAPN+ do Espírito Santo, quer construir no Centro de Vitória a primeira casa de ajuda, acolhimento e suporte integral à população da diversidade do Estado. Para isso, colocaram no ar uma vaquinha para arrecadar R$ 200 mil que vão custear a compra da residência, regularização de documentos do imóvel, estruturação e implementação de ações que vão colaborar, também, na luta contra a LGBTfobia.

“São Paulo é uma das cidades que mais possui casas assim, o estado de São Paulo também. Lá, têm residências só para cada uma das populações da sigla (LGBT+) e muito bem estruturadas. Dentro desses espaços acontecem desde acolhimento para LGBTs em situação de rua até ações para aumentar empregabilidade dessas pessoas que precisam desse suporte”, explica Deborah Sabará ao receber a Coluna Pedro Permuy para entrevista na sede da Gold, que em julho deste 2023 completa 18 anos desde sua fundação. 

Foto: Reprodução/Instagram @associacaogold

Deborah Sabará

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Hoje, a associação celebra junho, Mês do Orgulho LGBT+ (ou pride, como é muito disseminado nas redes sociais), com ao menos três projetos em andamento frutos de parcerias e financiamentos. Atualmente, o grupo – que conta com o trabalho de, ao todo, seis pessoas – não tem nenhum mantenedor e nem recebe quaisquer tipos de patrocínios contínuos. 

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A princípio, a ideia da casa que deve ser montada no Centro da Capital consiste em fazer do ambiente um espaço acolhedor para quem quiser ou precisar usá-lo. “Muitas pessoas (da população LGBT+ capixaba) moram fora da Grande Vitória e precisam vir à Capital para um exame, uma prova… Eles poderiam se hospedar nessa casa. Muitos LGBTs estão em situação de rua, então poderiam, de alguma forma, usufruir da estrutura da casa para comer, ter acesso a saúde, acompanhamento psicológico…”, explica Sabará.

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“Como não temos nenhuma casa parecida e nem com esse propósito ainda, faríamos também essas ações como em outras cidades e estados de fomento à educação e criação de emprego para a comunidade LGBT+. Para começar, só não iríamos conseguir manter uma pessoa ‘morando’ na casa porque a concepção do projeto, inicialmente, é que a residência seja dinâmica e rotativa para ajudar a maior quantidade de pessoas possível”, fala ela, que não consegue nem sequer mensurar quantos LGBTs+, hoje, precisam de um instrumento como a proposta do imóvel.

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“A casa passa a figurar e representar na sociedade como um instrumento de combate à LGBTfobia, também, à medida que se consolida como um espaço de inserção da população LGBTQIAPN+, capacitadamente, em postos de trabalho aumentando o nível educacional de todos os frequentadores”, reitera a diretora da Gold. 

AJUDE A CAUSA!

Uma vaquinha virtual foi lançada para ajudar a associação a conseguir o valor para viabilizar a criação da casa. Doações devem ser feitas por meio da vaquinha ou das redes sociais da Gold. 

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