Mônica Martelli sobe aos palcos do Espaço Patrick Ribeiro, em Vitória, na noite deste sábado (26) para tentar salvar o casamento de sua Fernanda, protagonista que vive (quase que) um paralelo dos dilemas amorosos de “Sex And The City” em uma versão tupiniquim.
Com sua “Minha Vida em Marte“, a atriz, que tem forte relação com o Espírito Santo, tem feito sucesso de bilheteria e público no espetáculo que reflete as relações de amor e compromisso.
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“Eu, que sou do estado do Rio de Janeiro, tenho muita identificação com o povo capixaba. Eu gosto do clima da cidade, do astral das pessoas. Minha relação com Vitória é especial. A avó da minha filha mora na cidade. Durante o tempo que estive com o pai da minha filha, fiz amigos queridos na cidade. Tenho um carinho especial pela cidade. Já chego a Vitória com água na boca para comer a moqueca capixaba”, brinca, em entrevista exclusiva à Coluna Pedro Permuy, que não é boba nem nada.
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Sobre a peça, Mônica confidencia que inspira, até hoje, as divagações de Fernanda (a personagem) em momentos complicados que viveu no passado. À época, havia se separado do pai de sua filha.
“Escrevo o que vivo e sinto. Fernanda é uma continuação da Mônica, nada ali é mentira. A Fernanda tem muitas características minhas. Ela é otimista, acredita no amor, se joga no amor sem freios. E, principalmente, ela é uma mulher que rompe padrões, não atura tudo para manter um casamento. Se ama acima de tudo, então tem muito da Fernanda em mim também”, fala.
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E continua: “Eu escrevi ‘Minha Vida em Marte’ algum tempo depois de ter vivido uma separação, depois de ter superado o luto pelo fim daquela relação. Então, o que apresento no palco em ‘Minha Vida em Marte’ é inspirado no que vivi há alguns anos, não na minha vida hoje”.
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Nos filmes homônimos em que desdobra a história da protagonista, Mônica contou com uma participação especial que ajudou a decolar o fenômeno que começou a figurar no rol da arte brasileira, com nome e sobrenome: Paulo Gustavo.
No segundo longa da franquia, o final emociona ao mostrar que o amor de amigo que Fernanda tinha com o personagem do filho de dona Déa era tão bastante que a fazia feliz da mesma forma que qualquer outra relação carnal – mas de um jeito diferente.
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“O amor de amigo não elimina o amor romântico. O que mudou na minha vida é o lugar que esse amor romântico ocupa. Os meus prazeres, hoje, são mais horizontalizados. Ou seja, a minha felicidade quando eu estou jantando com uma amiga é igual quando eu estou jantando com meu namorado, é igual quando eu tô fazendo uma reunião de trabalho. Eu tenho prazeres em muitos lugares de forma mais igual. Eu não coloco mais o amor romântico num pedestal e todo o restante vem embaixo. O que mudou é isso, mas um amor não elimina o outro amor. Você pode vivenciar os dois amores, tanto o de amigo como o romântico”, pontua, ainda em bate-papo com este colunista.
Isso tudo, segundo ela, ajudou na evolução da própria pela. Apesar de estar em cartaz há algum tempo, o número se renova, conquista novo público, mas encanta pela identificação – como aposta a artista.
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“É engraçado que o público que vem me acompanhando foi se transformando com os anos, assim como a Fernanda. A personagem agora está casada e lutando para salvar o casamento. O público novo que está chegando se identifica da mesma forma que o público que acompanhou a Fernanda em outra fase. Todo mundo que já viveu qualquer tipo de relação amorosa se identifica. E as solteiras também, porque a personagem uma hora se separa e volta a ser solteira”, opina.
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“É uma delícia notar essas mudanças e como o público acompanha essas transformações da Fernanda. Se você olhar com atenção, vai notar que um dos grandes conflitos da Fernanda é que ela é dona de si demais. E que por mais que tente se adequar, no fundo, quem dá as cartas é ela porque ela é uma mulher que sabe o que quer e é dona de si. A Fernanda acredita no amor e isso a faz mais forte com o passar do tempo”, celebra ainda.
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“O sucesso de ‘Os Homens são de Marte”, do filme, da série e, agora, o sucesso de ‘Minha vida em Marte’ sempre superou todas as minhas expectativas. Quando estreei nunca podia imaginar que seria o divisor de águas na minha vida. Escrevi as histórias da minha vida e a identificação do público foi imediata. A minha carreira mudou completamente depois disso”, finaliza.
SERVIÇO
Mônica Martelli em Minha Vida em Marte
Local: Espaço Patrick Ribeiro (Av. Roza Helena Schorling Albuquerque, s/n, Goiabeiras, Vitória).
Data: 26 de agosto de 2023 (sábado), às 20h (abertura).
Ingressos: a partir de R$ 80,50; à venda pelo www.blueticket.com.br.
Informações: pelas redes sociais do Espaço Patrick Ribeiro.
