A dor de quem enfrenta um câncer de mama começa quando o diagnóstico chega. Dali para frente, família e fé são fundamentais para um bom tratamento que, graças à ciência e tecnologia, também, têm avançado rumo à cura da doença. Neste Outubro Rosa, no entanto, mais uma história de solidariedade surge no Espírito Santo como esperança para as que enfrentam essa batalha.
Trata-se da empresária Juliana Bragança. Esta se dedica a dar micropigmentações paramédicas às mulheres que passaram pela mastectomia (retirada da mama) para ajudá-las no resgate à autoestima.
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“De acordo com a necessidade delas (as pacientes), eu faço de forma voluntária esse trabalho de micropigmentação. É indescritível devolver autoestima para essas pacientes após um processo doloroso e desafiador que é o tratamento. A autoestima é um aspecto fundamental na vida de qualquer pessoa e após passar pelo tratamento para cura do câncer, ela pode ser profundamente afetada”, destaca a profissional da beleza à Coluna Pedro Permuy, que não dorme no ponto.
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Para a profissional, a autoestima acaba abalada por todas as mudanças físicas que a mulher, já fragilizada pelo tratamento, em si, e pelos aspectos psicológicos do processo.
Quem concorda é o cirurgião plástico preceptor do curso de residência do Hospital Santa Rita, Luiz Fernando Vieira Gomes.
“A reconstrução mamária oferece às mulheres a oportunidade de restaurar sua aparência e autoconfiança. Por meio de técnicas cirúrgicas avançadas, nós, cirurgiões, podemos fazer uma mama que se assemelhe muito à original”, defende.
“Essa reconstrução não só ajuda a restaurar a imagem corporal da mulher, mas também poder contribuir para uma melhora significativa em sua autoestima”, corrobora ele.
Embora a reconstrução mamária possa ser um processo físico, também é um processo emocional.
“É importante ressaltar que cada pessoa é única e o processo de recuperação da autoestima pode variar de mulher para mulher. É fundamental que elas sejam apoiadas por seus entes queridos e por uma excelente equipe multidisciplinar”, também afirma o mastologista e oncologista clínico Marcos Ceccato.