Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Volta e meia surge uma polêmica envolvendo ele: o silicone industrial. A prática de fazer “bioplastia” com a substância que, na verdade, serve para polir, lubrificar e limpar peças de avião e motores, ficou muito famosa entre pessoas trans em vulnerabilidade social ou mulheres que não têm condição de pagar por uma prótese regulamentada. 

No entanto, o produto traz prejuízos enormes, principalmente, a longo prazo. E a retirada dele do organismo não é nada simples. 

“O silicone industrial pode provocar diversas complicações, como infecções, necrose, trombose, embolia pulmonar, reações alérgicas e deformidades no corpo”, alerta o cirurgião plástico Paulo Michels. “Há casos em que o paciente morre”, alerta, ainda.

Segundo o especialista, clínicas clandestinas costumam atrair pacientes ao ofertar procedimentos estéticos por preços mais baratos. Muitas vezes, as pessoas não sabem que estão sendo submetidas a uma substância inapropriada.

“O paciente deve evitar de todas as maneiras aplicações com silicone industrial, até porque é difícil remover a substância do organismo. Aliás, dificilmente se consegue retirá-la integralmente do corpo humano”, adverte o especialista.

“Não vale a pena pôr a vida em risco dessa maneira. Recomendo que o paciente só se submeta a procedimentos estéticos em clínicas de confiança. Tratando-se de cirurgia plástica, todo cuidado é pouco”, pontua o cirurgião.