Pensando em encarar uma maratona? Confira o relato de duas estreantes e emocione-se!

Um grupo de 20 corredores da assessoria de corrida Vitória Runner encarou, no último dia 10, um percurso de paisagens lindas e desafiadoras durante a 3ª Maratona Cross Country Búzios. Os 42 quilômetros de trilhas do município fluminense serviram de cenário para a prova que reuniu mais de mil atletas de todo o país. 

E o blog Corrida de Rua entrevistou duas corredoras do Espírito Santo que fizeram suas estreias nos 42 quilômetros para relatar a emoção de superar seus próprios limites durante a prova mais longa de suas vidas. 

A atleta Wanelli Bueno, adepta da corrida há três anos, foi incentivada por uma grande amiga corredora. “Fiz um treino ‘psicológico’ de quase um ano e resolvi fazer a estreia logo numa prova bem cascuda. O incentivo veio da amiga Katryny, que já tem experiência em provas longas e de aventura e dizia que eu conseguiria terminar! Era só me dedicar aos treinos e preparar o psicológico. Dediquei essa corrida a ela, porque ela me ajudou bastante nos treinos, me acompanhando nos horários que eu podia treinar. Até então não passava na minha cabeça fazer uma maratona, achava demais correr 42 quilômetros em muitas horas de corrida”. 

Sobre o tempo que levou para concluir a prova, a atleta diz que foi além de suas expectativas como estreante na modalidade. “Aprendi que na primeira prova o único objetivo é chegar, que não devemos nos cobrar com tempo, performance, pace, etc. A partir da segunda da mesma categoria, aí sim podemos traçar um objetivo para superar a anterior. Considero que meu desempenho foi além das minhas expectativas, planejava terminar em 6h30 e concluí o percurso em 5:47:30, imensamente emocionada! É bom demais cruzar a linha de chegada e ver os amigos lá na frente torcendo e te esperando de braços abertos. Foi uma emoção indescritível”. 

A prova de Búzios foi realizada debaixo de muita chuva e baixa temperatura. Para Wanelli os momentos mais difíceis foram enfrentados por ela nos últimos dez quilômetros de prova. “Fui lentamente devido aos trechos de maré alta e costeira, onde era preciso ter muito cuidado com as pedras para não cair. Estava frio e chovendo bastante, então o corpo esfria e a musculatura contrai, causando dores”. 

O que passa na cabeça durante as mais de cinco horas correndo? Wa Nelli diz que evitava pensar no tempo e na distância que faltavam para completar a prova. “Fui curtindo o percurso, que por sinal é maravilhoso! Passar por diferentes terrenos também ajudou muito a não cansar a mente. Pensava na chegada e ficava ensaiando como iria cruzar a linha de chegada. Pensei nas pessoas queridas que, direta ou indiretamente, se envolveram comigo durante todo o tempo de treino. Foi muito bom!”. 

Depois de tanta emoção na estreia, a atleta da Vitória Runner vai além dos 42km! “Quero fazer a Maratona do Rio de Janeiro, que tem um percurso muito bonito! Quem sabe também uma ultramaratona”? 

Wanelli ressalta ainda que o preparo que obteve da assessoria de corrida Vitória Runner durante os últimos três anos foi imprescindível para o seu desempenho na prova. “Ter um acompanhamento é fundamental para o sucesso da prova. Já treino há três anos na equipe e tive um treinamento específico para a maratona. Foram quatro meses de treino intenso, quatro vezes na semana e os treinos longos no sábado. O acompanhamento me ajudou a ganhar confiança, a evoluir nos treinos sem me machucar e terminar a prova inteira”. 

Elisa Laignier também embarcou na aventura com os demais atletas da Vitória Runner. Corredora há seis anos, também fez sua estreia em maratonas na Cross Country de Búzios. “A prova de Búzios foi uma surpresa pra mim, pois já fomos pra lá sabendo que íamos sofrer muito. E o medo foi tão grande que quando terminei a prova fiquei feliz demais por ter completado e nem ter sofrido tanto assim! Acredito que o treino pesado e assistido pela Vitória Runner fez toda a diferença. Treinamos forte durante cinco meses. E o desempenho de forma geral foi excelente, pois fiz um tempo abaixo do que estava esperando”. 

Para Elisa, as condições meteorológicas e as características do percurso de aventura foram fatores que dificultaram um pouco seu desempenho na competição. “Como o tempo estava chuvoso, os trechos que eram de terra, se tornaram lama. Alguns outros estavam muito escorregadios. Fora os morros que tínhamos que praticamente escalar! Passei com água do mar no joelho e os trechos de pedra também estavam bem difíceis. 

A emoção tomou conta da atleta durante a prova e ao cruzar a linha de chegada. “No início da prova pensei em me concentrar o máximo e me poupar bastante pra aguentar as quase seis horas de prova. Pensei nos vários treinos que fizemos, na dedicação que tive e na vida em geral. Chorei no quilômetro 35, de muita emoção, por saber que estava quase no fim e que ia conseguir terminar bem esse desafio. Ao cruzar a linha de chegada, foi uma sensação indescritível. 

A maratona de Búzios não será a última para Elisa. Ela já se prepara para a Maratona do Rio de Janeiro no segundo semestre de 2013 e avalia a participação na Maratona de Bombinhas, de Santa Catarina.