Pâmella Oliveira (BRA) e Rodrigo Gonzalez (MEX) conquistaram, na manhã de domingo, na Praia de Itaparica, em Vila Velha (ES), o título da categoria de elite do Campeonato Pan-Americano de Triathlon.
Pâmella, que recentemente venceu a etapa mexicana da Copa do Mundo e que competiu em sua terra natal, completou o percurso, que teve distância olímpica (1.500 metros de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida) em 2.08:16. Já Rodrigo registrou 1.50:58.
No feminino, a segunda colocação ficou com a canadense Sarah-Anne Brault (2.08:39), a terceira com a brasileira Flávia Fernandes (2.11:39), a quarta com a argentina Romina Biagioli (2.12.19) e a quinta com a brasileira Beatriz Neres (2.12:38).
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No masculino o segundo colocado foi o brasileiro Reinaldo Colucci, medalha de ouro no Pan México 2011, com 1.52:03. Em terceiro chegou Bruno Matheus (BRA) com 1.52:37, em quarto Diogo Sclebin (BRA) 1.52:50 e em quinto Jason Pedersen (EUA) com 1.53:10.
Os três primeiros colocados, no masculino e no feminino, garantiram vagas na Grand Final do Circuito Mundial, que acontecerá em setembro, em Londres.
Na categoria sub-23 feminina quem brilhou intensamente foi a brasileira Carol Furriela, campeã sul-americana de triathlon, que conquistou o título com o tempo de 2.13:05. Cecília Perez (MEX) foi a segunda colocada com 2.13:10 e Adriana Barraza (MEX) a terceira com 2.14:15.
Na categoria sub-23 masculina, o vencedor foi Juan Jose Figueroa, do Equador, com 1.53:28. Mas o Brasil conquistou a segunda colocação com Paulo Maciel Júnior (1.54:25). O bronze foi do Chile, com Felipe Barraza (1.54:53).
Reunindo os atletas da elite e do sub-23 participaram da prova 55 competidores de 12 países, sendo 35 no masculino e 20 no feminino.
Cumpri meu objetivo de impor uma natação forte. Acho que dominei muito bem o mar. Fiz força no ciclismo para manter a vantagem, mas na corrida, sinceramente, pensei que não conseguiria. Minhas pernas chegaram a travar (risos). Mas a vitória, ao lado desta torcida maravilhosa, tem sabor especial, com certeza. Existe uma certa pressão, mas convivo bem com isso. Agora é treinar muito visando ao Circuito Mundial, disse Pâmella (BRA) que, após a prova, recebeu, como de costume, os amigos para um churrasco de confraternização.
Em primeiro lugar gostei muito de Vila Velha e do Brasil. Com certeza voltarei em breve. Em relação à prova achei a natação bem forte, com o mar com muitas ondas. O ciclismo foi bem duro, com muita gente nos pelotões. Na corrida consegui passar o Reinaldo no momento decisivo. Depois forcei para abrir. Estou feliz porque deu tudo certo, comentou o mexicano Rodrigo Gonzales.
Estou muito feliz. É sempre bom conquistar títulos. A competição foi difícil. Acho que fui bem. No segundo semestre tenho certeza de que posso continuar alcançando bons resultados. Há cinco semanas me submeti a uma operação das amígdalas. Senti um pouco de falta de ritmo, mas gostei muito do resultado final, comentou a campeã sub-23, Carol Furriela (BRA).
As provas
Na elite feminina, Pâmella fez uma ótima natação e a transição para o ciclismo com boa margem de frente (quase um minuto). No ciclismo pedalou sozinha bem forte e manteve a folga. Na corrida sentiu um pouco, mas com a força da torcida capixaba, de seus parentes e fãs, conseguiu combater bem o ataque da canadense, que diminuiu a vantagem. Na chegada Pâmella teve que ser socorrida (sem maiores problemas) tamanho o desgaste.
No masculino, o mexicano garantiu sua vitória nos quilômetros finais da corrida quando conseguiu desgarrar do brasileiro Reinaldo Colucci, que teve alguns problemas de saúde na última semana. A natação e o ciclismo foram equilibrados com formações de grandes pelotões.
Show de superação no Campeonato Panamericano de Paratriathlon
Uma das principais novidades no programa dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, o paratriathlon mostrou a sua força com 30 atletas no Campeonato Panamericano de Paratriathlon, disputado na manhã deste domingo (30), na Praia de Itaparica, em Vila Velha.
O paratriathlon teve a realização do seu primeiro Mundial em 6 de Agosto de 1989 em Avignon (França). E não parou mais de crescer. Atualmente tem um Circuito Mundial muito competitivo e provas em todas as partes do mundo. Estima-se que em mais de 60 países há registros da prática deste esporte. O percurso é composto por 750 metros de natação, 20 quilômetros de ciclismo e outros 5 quilômetros de corrida. Esta distância é conhecida como sprint triathlon.
Disputam o paratriathlon pessoas com diversos tipos de deficiência: cadeirantes, amputados e atletas com deficiência visual. As classes do paratriathlon são reconhecidas pela sigla TRI (de Triathlon, nome do esporte em inglês). Por exemplo: a classe TRI1 inclui todos os cadeirantes.
Neste domingo o sol forte foi um obstáculo a mais para os competidores. Mas a determinação e garra demonstrada no circuito capixaba encantou aos torcedores presentes.
Eles são exemplos para muita gente que fica em casa reclamando da vida, disse a engenheira Luzia Vasconcelos de Souza.
O Brasil dominou a maioria das categorias. Participaram atletas do Brasil, Argentina e Estados Unidos. Fernando Aranha foi campeão da TRI-1 com 1.13:52. Jorge Luiz Fonseca da TRI-2 com 1.18:20. Tiago Matheus da TRI-3 com 1.32:18. Angelo Borim da TRI-4 com 1.11:34. Marcelo Collet da TRI-5 com 1.11:41. Rodrigo Feola venceu a TRI-6B com 1.07:43. No feminino Fernanda Katline venceu a TRI-5 com 1.42:46 e a Marleide da Silva a TRI-6 com 1.41:27.
Gostei bastante da prova. O ciclismo foi bem difícil, mas no final deu tudo certo. E também gostei de estar aqui em Vila Velha. De um modo geral foi muito bacana este Pan-Americano, destacou Rodrigo Feola.
O mar, com muitas ondas, exigiu bastante dos competidores, principalmente habilidade e técnica. Fiz uma prova planejada. O ciclismo foi bom e na corrida fui para o tudo ou nada, disse Marcelo Collet.
O paratriathlon brasileiro cresceu muito. Eu estou feliz de participar deste momento e viso o pódio na Paralimpíada do Rio 2016, comentou Angelo Borim.
Com informações da Pauta Livre.