O ultramaratonista capixaba Carlos Gusmão já está na Grécia, onde disputa, na próxima sexta-feira (26) uma das provas de corrida mais difíceis do mundo. Levando a bandeira do Espírito Santo, Gusmão vai encarar a Spartathlon, uma corrida de 246 km entre as cidades de Atenas e Sparta. O percurso, que equivale a quase seis maratonas, tem que ser completado em menos de 36 horas. Além do capixaba, outros 365 estão inscritos, um recorde de participantes na 32ª edição da prova.
A Spartathlon é uma ultramaratona tradicional que tem como objetivo repetir os passos de Pheidippides, um mensageiro ateniense enviado a Esparta no ano 490 a.C. para buscar ajuda contra os persas na Batalha de Maratona. Ele teria chegado a Esparta um dia depois de sua partida. Segundo a história, foi esse evento que deu nome à prova mais clássica das Olimpíadas, a Maratona.
A corrida começa às 7 horas, geralmente na última sexta-feira de setembro de cada ano. Ao longo dos 246 km, os corredores devem passar por 75 postos de controle e cada ponto tem um horário de corte. Os atletas que não cumprem o tempo do corte podem ser retirados da corrida.
Para poder participar nesta corrida é necessário que o atleta cumpra ao menos um dos requisitos:
– Terminar uma corrida de pelo menos 100 km em menos de 10 horas e 30 minutos.
– Ter participado de um evento de mais de 200 km e completar todo o percurso.
– Ter participado da Spartathlon e ter alcançado o posto de controle “Nestani” (172 km) em menos de 24 horas e 30 minutos.
Carlos Gusmão é o único atleta capixaba que possui esses requisitos e foi aceito para estar entre os escolhidos para colocar o nome do Espirito Santo, mais uma vez, entre os atletas mais resistentes do planeta. Em 2013, o ultramaratonista capixaba foi o melhor brasileiro na prova mais extrema do planeta ao completar a Badwater no Deserto do Death Valley em 38h11min.