O ultramaratonista Carlos Dias esteve em Vitória no início desta semana para participar de uma palestra. Eu, fanzoca que sou desse Super Humano, fui prestigiá-lo e me emocionei com o seu relato sobre os desafios conquistados em provas de longas distâncias.
Em sua viagem correndo por todo o Brasil, Carlos contou que em alguns dias ele precisava dormir em redes, em outros, contava com a ajuda de postos da Polícia Rodoviária Federal, mas também encontrava conforto em resorts ou hotéis de luxo e apoio em algumas cidades que paravam para recebê-lo.
“A lição que fica é que a maior distância que devemos percorrer não é a física, mas a que está dentro de nós. E a mensagem que eu deixo para vocês é a seguinte: Não se apegue ao momento em que você está dormindo na rede, e nem ao momento em que dorme no resort. Só olhe para frente, para o seu sonho, e siga firme com um sorriso no rosto, pois o sorriso é o nosso maior passaporte”, concluiu Carlos.
Meu colega de emissora, Alexandre Kapiche, aproveitou a passagem de Carlos Dias pelo Espírito Santo e gravou uma reportagem para a TV Vitória/Record. O corredor contou que essa foi a primeira vez que ele veio a Vitória sem estar participando de uma competição e que, por pouco, a viagem não precisou ser adiada devido a um problema no avião! Assista:
Quem é Carlos Dias?
Carlos Dias tem 42 anos, é natural de São Paulo e corre desde os 20 anos. Ele é o único corredor sul-americano a percorrer os quatro desertos – o mais quente, Deserto do Saara, debaixo de um calor de 54º graus; da Antártica, o mais frio, com 60º graus negativos, de Gobi, o mais úmido e, o último, o deserto do Atacama 100% seco, formado por sal.
Em abril desse ano, o ultramaratonista concluiu outro desafio mega especial! Para celebrar os seus 42 anos de idade, ele correu 42 maratonas em 42 dias. Foram quase 1.8 mil quilômetros em uma velocidade que não ultrapassava 8,5 km. O desafio das maratonas diárias passou por esteiras e ruas de Porto Seguro, na Bahia, Goiânia, Brasília e acabou em São Paulo.
Além disso, o ultramaratonista foi eleito “Super Humano” pelo programa de TV americano History Channel e tem dois recordes homologados no Livro dos Recordes Brasileiro, o RankBrasil. O primeiro foi conquistado em 2008, após cruzar todo o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, correndo 9 mil quilômetros, em 100 dias, um média diária de 90 km, ao longo de 14 horas por dia. Em 2009, se tornou o primeiro sul-americano a correr os desertos mais extremos do planeta e novamente teve o nome incluso no livro dos recordes.