A paixão pela corrida está no sangue da família Herzog. Veio a quarentena por conta da pandemia do coronavírus, mas vocês acham que pais e filhos penduraram os tênis? Muito pelo contrário.
Alessandro, o pai, tratou de comprar uma esteira usada. O aparelho acabou virando o “centro das atenções” no lar da família. “Foi a única forma de não pararmos totalmente de praticar o esporte pelo qual temos paixão, que é a corrida”.
Ele conta como é dividir a esteira entre pai, mãe e casal de filhos. “Aqui somos quatro usando a esteira. Até milha filha resolveu caminhar (risos). Geralmente, são três treinos por por semana. Eu estou fazendo, em média, 35km semanais. Minha esposa, Agda, e meu filho, Pedro Lucas, fazem, em média, 15km semanais. Minha filha, Ana Clara, faz uma caminhada leve de uma hora duas vezes por semana. A divisão tem que fazer um cronograma de dias e horários para a família. A semana da esteira é bem cheia. Sem folga (risos). Mas está dando certo.”.
Alessandro, no entanto, confessa que não gostava de correr na esteira antes do isolamento social. “Sinceramente, não. Eu e minha esposa só usávamos esteira na academia para aquecer antes do fortalecimento. Meus filhos nunca tinham usado. Foi um mal necessário. Antes a gente olhava torto para ela. Agora é a queridinha de todos. É só colocar o rock and roll, ligar a esteira e se divertir!”, contou.
Fortalecimento
“Estamos fazendo também o fortalecimento em casa. Alugamos alguns equipamentos da academia que frequentávamos antes do bloqueio. Para quem não tem condições de comprar uma esteira, a dica é fazer exercícios dentro de casa. Na internet tem muito profissional qualificado dando excelentes treinamentos e, na maioria das vezes, não precisa de nenhum equipamento extra. O próprio peso do corpo já é o suficiente”.
Isolamento
“A esteira nunca vai substituir a minha avenida Beira-Mar, o meu calçadão de Camburi, a minha Ilha do Boi e do Frade ou a minha volta na Ilha. Mas foi a maneira que encontramos de ficarmos mais próximos possível do esporte que amamos. Seguimos firmes sem sair de casa desnecessariamente. Nossa família respeita o momento. Temos que pensar no coletivo. O isolamento social no nosso modo de ver é a melhor alternativa por enquanto”, declarou Alessandro.
Ele complementou alertando para o risco e as precauções deste momento pelo qual a sociedade está passando. “Vontade de sair correndo por aí, lógico que temos, mas não podemos. O momento não permite. Na nossa opinião só deveria sair de casa quem realmente tem necessidade. O inimigo está por aí em todo canto e é invisível. Até mesmo o assintomático, mesmo sem querer, pode contaminar outras pessoas. Nosso lema continua sendo: ‘fique em casa!'”.