A conquista que o hoteleiro e corredor Edinilson Mardegan D´Andréa, de 41 anos, obteve com sua filha, Laís, hoje com 11, vale mais que ouro e supera qualquer lugar mais alto no pódio.
Sua trajetória na corrida começa justamente em um dos momentos mais difíceis de sua vida. No final de 2017, Laís foi diagnosticada com um tumor no cérebro. A partir daí, a vida da família mudou de cabeça para baixo.
“Depois de passar por alguns médicos daqui de Vitória, fomos aconselhados a ir para São Paulo para fazer o tratamento lá. Minha esposa deixou seu trabalho aqui e foi com nossa filha para lá. Eu acabei ficando com nosso outro filho, na época com 4 anos. Para nossa sorte, temos família em São Paulo e Ribeirão Preto (Edinilson é paulista). Em um determinado momento, acabei ficando alguns meses em Vitória sozinho e vi que precisava me ocupar com alguma coisa para não pirar. Foi onde comecei a fazer caminhadas no calçadão de Camburi. Aos poucos, fui aumentando a intensidade e distância e comecei a correr pequenas distâncias”, lembrou Edinilson.
Após a aflição, veio a grande “medalha”: após 2 anos de tratamento, Laís teve alta e pôde voltar para casa 🙏🏻🙏🏻👏🏻👏🏻. Foi quando Edinilson passou a levar a corrida de rua mais a sério e foi em busca de novas superações.
“A cada treino, a cada prova, sempre a vontade de me superar e competir comigo mesmo para ver até onde poderia ir. Depois de tudo que a Laís passou, superou e venceu (sem perder sua alegria), o resto é tudo muito pequeno. A cada corrida, novos aprendizados, novas amizades, novas marcas superadas. Ganhar provas nunca foi meu objetivo, mas sim me superar, correr distâncias que jamais imaginei que poderia correr e sempre por ela. Correr traz saúde, me desafio e ainda incentivo outras pessoas. Depois que a gente começa a conhecer esse mundo da corrida de rua, queremos fazer todas as provas possíveis dentro e fora do Estado”, contou.
Estreia
Edinilson lembra que fez a primeira corrida em junho de 2019: a Corrida do Aço, da ArcelorMittal. “Minha primeira meta foi de correr a Dez Milhas Garoto e consegui realizar. Para este ano, quero fazer uma meia maratona, vamos ver se a pandemia vai deixar”.
Falando em pandemia, o corredor lembra que deu uma parada no início da quarentena. “Foi um susto para todo mundo, algo nunca visto. Mas aos poucos fui voltando, comecei a acordar mais cedo para treinar, evito os horários de muita gente no calçadão de Camburi. Achei um local mais tranquilo para correr à noite, que foi na Ilha do Boi e na Ilha do Frade”.
Ele também contou que, desde a infância, sempre foi um praticante de atividades físicas, principalmente futebol. “Cheguei a jogar em clubes na adolescência e depois parei, mas nunca parei com os jogos entre amigos. Depois que a gente começa a trabalhar, casar e filhos a tendência é diminuir ou quase parar. Digamos que cheguei a ficar até sedentário (risos)”.
Jogou comigo, era maior perna e pau. Kkkkk
Boa lembrança meu amigo
História linda e inspiradora.
Parabéns Ed.