Eles são marca registrada e grandes personagens das corridas mais tradicionais não só do Estado, mas também dentro e fora do País. Os corredores gêmeos Amarílio e Diolindo Braga, de 68 anos, não veem a hora de matar a saudade das provas.
“Estamos com muita saudade. Para gastar energia, estou trabalhando até nos finais de semana para gastar energia. A corrida é vida e saúde. É família. Todo mundo nos conhece. Quando participamos das provas, gostamos de chegar cedo pois muita gente quer tirar foto e conversar conosco. Em algumas, a organização até nos entrega o microfone”, recorda Amarílio, mais conhecido como “Aranha”, que trabalha com projetos de decoração.
Neste período sem provas por conta da pandemia do novo coronavírus, os gêmeos não deixaram de treinar. Eles saem todo dia para correr às 4h30, horário no qual evitam contato com outros corredores. “Optamos por esse horário pois mais tarde já tem muita gente na rua. É uma questão de segurança mesmo. Mesmo assim, sempre corremos de máscara”, salientou Aranha.
Assim que as corridas forem liberadas, eles prometem manter a tradição de não perderem nenhuma prova. Para eles, as mais especiais são a Dez Milhas Garoto, a Volta da Pampulha e a São Silvestre.
No entanto, o currículo dos gêmeos é vasto. Já perderam a conta de quantas medalhas já conquistaram ao longo de 15 anos correndo juntos. Segundo Aranha, cada um tem cerca de 60kg de medalhas e aproximadamente 200 troféus. Além de centenas de provas no Brasil, eles já participaram de corridas em outros oito países, como Alemanha, Estados Unidos, Chile e Argentina.
Os corredores já estão mais do que acostumados a verem os gêmeos cruzarem a linha de chegada juntos. Isso é uma marca deles. “Quem tem disputa por faixa etária, quem está melhor acaba indo na frente e depois volta para buscar o outro. Nunca deixamos de cruzar a linha de chegada juntos. Onde tem corrida, a gente não perde. Toda corrida é fantástica”.
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