Você costuma fazer treinos regenerativos? Eles são muito importantes após treinos pesados e consecutivos ou depois de alguma prova.
De acordo com o profissional de Educação Física Tiago Thomaz, responsável pela Ative, eles têm o objetivo de “soltar” a musculatura, fazer o metabolismo desacelerar e agilizar o processo de recuperação por todo esforço que foi realizado.
“O treino regenerativo é aquele onde intensidade, volume, pace e carga são menores que o treino anterior ou do que a semana anterior. Sua importância é recuperar a musculatura e o corpo cansado para continuar progredindo no treinamento”, disse Tiago.
Supercompensação
“Tem uma curva que chamamos de supercompensação, na qual o corpo recebe a carga de treino, o corpo cataboliza, degrada e precisa de algumas horas ou dias para se recuperar e receber a carga num momento ótimo de treinamento. Se jogar uma carga moderada pra forte ou forte enquanto o organismo não se recuperou do estímulo anterior, tende a deteriorar. Daí vêm lesões, overtraining, insônia, falta de apetite e falta de prazer pelo treino. Nada melhor do que bate-papo com treinador”, explicou o especialista.
Frequência
Mas qual a frequência do treino regenerativo? Isso vai depender do feedback que o atleta dá e também de avaliações semanais junto ao treinador.
“Existem semanas em que você faz uso do treino regenerativo de forma alternada; outras em que faz uso do regenerativo apenas após fim de semana de treino longo e intenso; e existem semanas em que a semana toda será de regenerativo. Isso vai depender do momento pelo qual o atleta está passando. Muitas vezes você prescreve um treino, e o aluno, por conta de estresse, cansaço, alimentação e sono, não recupera de sessão de treino anterior. Por isso temos que estar muito atentos para, mesmo que não tenha programado um regenerativo, faça uso dele”, ponderou.
Ele citou o exemplo de um atleta intermediário para avançado: “Dentro do planejamento de treinamento, muitas vezes prescrevo uma semana de regenerativo a cada 3 ou 4 semanas progressivas”.
Importância
“Melhor do que ficar 100% parado é fazer uma atividade física de baixa intensidade, pois vai acelerar a recuperação e ativar o corpo, fazendo sangue circular e levando nutrientes que vão acelerar a reconstrução muscular”, completou o treinador.