Quem conhece e acompanha o corredor Gabriel Renaud sabe que ele manda bem nas pistas e também nos textos motivacionais que posta em seu Instagram.
Aos 35 anos de idade, além da paixão pela corrida, o escritor faz questão de publicar reflexões, frases de incentivo e dicas de filmes, ajudando seus seguidores a encarar com força e sabedoria estes tempos difíceis.
Hoje, o Blog Corrida de Rua abre espaço para contar um pouco da história de Gabriel, que também é bacharel em Direito.
Leia seu depoimento e veja o quanto ele, que mora em Guarapari, é exemplo e também pode inspirar muitas pessoas, não apenas corredores.
Qual a essência de sua corrida?
“Conheci o esporte ainda criança, começando pela natação, com aproximadamente 5 anos de idade .
Sempre fui incentivado a correr pelo meu avô desde 1997/1998.
Com 15 anos (2000) tive a primeira experiência mais intensa com a corrida ao participar da equipe de atletismo do colégio, além de ser “árbitro por um dia” em uma competição interna.
Já alimentava um sonho na adolescência de participar da maior prova do Espírito Santo, as Dez Milhas Garoto. Mas ainda era algo muito distante, quase impossível para alguém que corria no máximo 5 ou 6km.
Desde então sempre pratiquei a corrida de rua, de forma recreativa, sem orientação profissional. Nesse período (2001 – 2011) treinava sozinho, sem treinador.
Não me preocupava com nada em termos de método de treinamento, intensidade, distância ou fortalecimento.
Apenas corria! Era muito bom, me conectava com o ambiente e sentia a endorfina. A partir do ano de 2012 as corridas de rua se popularizaram em terras capixabas e decidi me desafiar fazendo uma prova de 10 km.
Treinei sem muita noção de distância ou tempo, ainda achando que não conseguiria completar a prova sem caminhar.
Mas deu tudo certo, alcancei a linha de chegada correndo o tempo todo e me sentindo bem. Foi mais fácil do que imaginava!
No ano de 2013 decidi que ia me preparar para realizar o sonho que alimentava desde o ano 2000, correr as Dez Milhas Garoto (aproximadamente 16 km).
Mas para isso procurei uma assessoria esportiva, para ter orientação de um treinador (o TeamFR). Aí vieram as planilhas, o pace, metas e objetivos com a corrida.
Tive a oportunidade de correr com um grupo maior e conhecer outros corredores. Os anos foram passando, metas mudando, distâncias aumentando, buscas por RP’s e novos desafios.
Em alguns momentos, com tudo isso, esquecia da essência da minha corrida.
Cada um tem a sua… algo que faz brilhar os olhos, acordar cedo ou treinar tarde da noite.Aquilo que só você sente com o esporte, te faz bem, te transforma em uma pessoa melhor.
No meu caso, sem dúvida, é resgatar aquela “vibe” da época da adolescência ao percorrer cada quilômetro.
Gabriel Renaud