A nutrição tem papel crucial na evolução da composição corporal e no desempenho dos atletas. Cada objetivo demanda um suporte nutricional diferente, considerando a rotina individualizada e a exigência fisiológica dos esportistas de diferentes níveis e, até mesmo, das pessoas comuns com metas específicas. Nesse contexto, discute-se quando a suplementação é necessária.
Nutricionista Esportiva (EEFE/USP), mestre em Suplementação (USJT), doutoranda em Esporte (Unicamp) e consultora da Ajinomoto do Brasil, Caroline Yoshioka destaca que o primeiro passo é sempre manter uma alimentação adequada. “Em geral, é sugerido que se considere a funcionalidade dos alimentos pela biodisponibilidade de elementos por eles oferecida antes de qualquer complementação”, explica a especialista, que cuida da nutrição de diversos atletas olímpicos brasileiros.
Com a alimentação ideal, a suplementação torna-se um recurso para agregar insumos e benefícios nutricionais específicos. “De acordo com a intensidade dos treinos, intervalos e limitações da rotina, faz-se o ajuste pela vantagem oferecida ou não pelo suplemento”, diz Yoshioka.
Algumas das opções mais comuns de suplementação são a whey protein e os aminoácidos livres. Nessa hora surge a dúvida: qual é mais adequado? E a resposta correta é: depende.
A whey protein foi inserida na indústria para prover energia da proteína do soro do leite, auxiliando na manutenção de massa muscular, impactando na recuperação, no controle glicêmico e estimulando o sistema imunológico, entre outros objetivos.
Quanto aos aminoácidos, o corpo humano é constituído de 20% de proteínas compostas por cerca de diferentes combinações de 20 tipos diferentes de aminoácidos. Entre esses estão a valina, a leucina e a isoleucina, muito conhecidas na composição dos BCAAs ou aminoácidos de cadeia ramificada, também utilizados como complementos.
De acordo com a especialista, no caso de controle glicêmico, supressão do apetite ou para prestar assistência na manutenção de massa magra durante perda de peso, inserir aminoácidos livres proveria melhor resultado em uma introdução controlada de calorias, visto que a ingesta seria calculada e livre.
Ao mesmo tempo, se o levantamento for relativo à praticidade de uma refeição, tempo de ingesta ajustada à fome ou questão similar, o ajuste apontaria como melhor alternativa a whey protein.
“A vantagem do consumo de aminoácidos por meio de suplementação é o tempo de absorção: em média, quinze a trinta minutos, em comparação com as quatro horas necessárias para digerir proteínas, que são mais complexas estruturalmente. Os aminoácidos essenciais não podem ser sintetizados no corpo humano, portanto, devem ser fornecidos por meio da dieta. Com a suplementação, um atleta, por exemplo, mantém uma condição corporal saudável e recupera-se mais rapidamente da fadiga”, ressalta Yoshioka.
Projeto Vitória
O Time Ajinomoto faz parte do Projeto Vitória, iniciativa criada pela empresa em 2003, no Japão, e que chegou ao Brasil em 2019 com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do esporte nacional. Atualmente, 33 atletas olímpicos e paralímpicos compõem o grupo e recebem suporte relativo à nutrição e aos benefícios da ingestão de aminoácidos por esportistas de alto rendimento.