De sabor adocicado, a batata-doce tem ganhado fama e espaço na geladeira de todos os corredores, mas será que é isso tudo mesmo???
Quem responde a essa questão é a nutricionista clínica, funcional e esportiva Bianca Passos, a “Nutri que corre”. Nossa colunista traz semanalmente textos e dicas preciosos para aprimorar seu rendimento nos treinos.
“Nem todos os carboidratos são iguais e, no contexto do treinamento esportivo,
cada tipo de carboidrato é melhor absorvido e utilizado pelo nosso corpo em momentos específicos.Há monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos, mas
vamos simplificar: existem carboidratos simples e carboidratos complexos.
A batata-doce é carboidrato complexo, aquele que possui uma digestão mais lenta e um baixo ou moderado índice glicêmico.Esses são os carboidratos que devem ser priorizados antes de sair para correr.
Eles têm grande quantidade de vitamina B6, que ajuda no metabolismo proteico e na passagem de sangue pelas artérias, além de boa porção de potássio, que controla a retenção líquida.Ela também traz manganês (que ajuda a amenizar sintomas da TPM, mulherada!) e atua no metabolismo de geração de energia celular. Quem come batata-doce e vai tomar sol percebe: dá para manter por muito mais tempo um bronzeado, já que ela é rica em betacaroteno.
Conta, ainda, com vitaminas C e E, que combatem os radicais livres.
Esse alimento, além de ser fonte de energia para o trabalho muscular, ajuda a evitar lesões relacionadas à corrida e atua na defesa do organismo.Suas fibras prolongam a sensação de saciedade. Ou seja, vai demorar a sentir fome nos treinos mais longos.
Para os corredores, o ideal é consumir a batata-doce de duas maneiras:
– com antecedência a treinos curtos (de 5 km a 10 km): comer com um tempo de diferença (duas horas, pelo menos) para o início de um treino. Isso garante a manutenção do estoque de glicogênio (açúcar no corpo) para a execução da atividade física, sem estimular o acúmulo de gordura.– antes de treinos e corridas mais longos (acima dos 10 km): como a liberação dos
carboidratos no sangue é mais demorada, faz com que o corpo tenha energia por mais tempo durante a prática do exercício.Outra opção é misturá-la ao arroz branco, massa de trigo branco e pão francês em sua dieta. É de rápido preparo e pode até ser consumida no café da manhã, com mel e canela, por exemplo.
Evite prepará-la com óleos para não engordar. Para aproveitar melhor seus
nutrientes, cozinhe-a com a casca. Assim, você aproveita mais as fibras”.Bianca Passos
Nutri que Corre