Ela tem tudo a ver com a Dez Milhas Garoto. Alto astral, cheia de disposição e grande exemplo de superação. A gerente administrativo Regiani Pimenta, de 38 anos, vai disputar a prova pela terceira vez. Foi no ano de estreia na corrida mais tradicional do Estado que sua vida deu um “sprint”.
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Em janeiro de 2017, ela conta que estava obesa, mesmo depois de 6 anos de uma cirurgia bariátrica, e passando por mudanças drásticas na vida pessoal. “Foi aí que resolvi mudar minha história! Resolvi que não seria mais presa a hábitos que me matavam um pouquinho todo dia, e assim se deu! Iniciei sozinha treinos diários na orla de Vila Velha. Logo após comecei a ser assessorada pela equipe Ative”, contou Regiani.
Garoto
Ela lembra que aquele foi o ano das corridas, quando viveu uma “lua de mel” com as provas. Foi aí que veio a Dez Milhas Garoto, pela qual ela guarda um sentimento muito especial.
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“Em setembro, a Garoto me fez sentir o que é superar. Foi minha primeira, digamos, corrida de longa distância. O sabor que ela teve pra mim foi de pura emoção, superação, entrega e alegria”.
Para Regiani, a corrida nunca foi uma “competição”, e sim uma diversão. “Nunca teve aspecto competitivo. Minha intenção nos treinos e nas provas sempre foi interação e diversão e, por isso, meu feed no Instagram é sempre recheado de closes (risos). A corrida me trouxe amor e amigos”.
Percalços
Mas nem tudo são flores. No final de 2017, veio um obstáculo no percurso: uma lesão. Ela teve que pausar os treinos e teve depressão. “Assim que pude, retomei. De fato, a corrida foi e tem sido a minha cura, tanto física quanto emocional”.
Ela fez a Dez Milhas Garoto em 2018 e, é claro, vai encarar a prova deste ano mais uma vez, no dia 29 de setembro. “Farei este ano com um sabor de recomeço! Não me prendo ao medo de recomeçar. E sei que a 30ª Garoto trará o gás que preciso”.
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Família e trabalho
Além das medalhas nas corridas, ela tem três grandes conquistas na vida: seus três filhos. “Meus filhos reconhecem essa superação em mim e arrisco a dizer que sentem orgulho pelo que me tornei depois de conhecer o esporte! Além de mãe, trabalho em horário comercial como gerente administrativo e também agrego minha renda como confeiteira. Juntamente com minhas atividades comerciais, faço parte de uma ONG onde atuo como palhaça de hospital (o @residentesdoriso). Dá pra fazer tudo (risos)!”, ponderou Regiani, que é natural do Paraná e vive no Espírito Santo há exatos sete anos.