Sentir dor durante o treino ou prova é um dos maiores medos do corredor, afinal o incômodo pode ser apenas um desconforto ou até mesmo um grande problema, dependendo da gravidade. Depois de cuidar e solucionar a lesão, chega a hora de outro desafio: voltar aos treinos.
Antes mesmo desse retorno, o fisioterapeuta da Care Club, Fábio Bessa, indica discutir com seu médico as possíveis causas da lesão, já que elas normalmente têm fundamentos multifatoriais, mas a região específica em que a dor está costuma ter relação com a postura do atleta.
“Nessa fase de retorno aos treinos, é importante avaliar sua biomecânica de corrida para excluir fatores de risco mecânicos. Caso a lesão exija mais repouso, discuta com com seu treinador ou médico do esporte como substituir o treino aeróbico para minimizar a perda de condicionamento.”
Fábio indica atividades como deep running (corrida na água), elíptico e bike, além de uma conversa com a nutricionista que pode indicar alimentos que ajudam a acelerar a recuperação da inflamação.
Volume de treinos
Em relação ao volume de treinos, o fisioterapeuta indica progredir de forma controlada no primeiro mês, respeitando o aumento de aproximadamente 10% por semana, antes de voltar oficialmente para as planilhas com o treinador.
“Nesse primeiro momento, o ideal é que o atleta espace mais os treinos de corrida, fazendo de início apenas 2x na semana.”
É preciso ficar alerta também ao fortalecimento muscular, que não pode ser deixado de lá. “É fundamental seguir com esses exercícios, são eles que não vão deixar o atleta perder a força e resistência muscular, mas é preciso ajustá-los para não estressar a região da lesão e um fisioterapeuta poderá ajudar com essas orientações”, diz Fábio.
Caso a lesão volte não se assuste, busque discutir com seu treinador a diminuição de volume e intensidade e se possível passar num médico do esporte para avaliar outras possíveis causas da sua lesão como, por exemplo, descanso, sono, hormônios, horário do treino.