Superação: paratleta da zona rural de Marechal Floriano encontra no rugby uma chance para recomeçar

O Brasil é uma potência no esporte paralímpico. Prova disso foi a primeira colocação no quadro de medalhas no Parapan de Toronto, Canadá, no ano passado. E o Espírito Santo também possui essas feras. Alguma delas você já conheceu aqui no Louca por Esportes.

 

 
E hoje é dia de conhecer a história do Patrick!

Perda de peso, melhora da saúde, da respiração e o aumento da sensação de bem-estar. São muitos os benefícios que a prática de esporte traz para o corpo. Mas, para a vida de Patrick Ernane Oliveira, de 31 anos, o esporte foi mais que isso. Ele foi um divisor de águas e marcou um recomeço na história desse capixaba que ficou paraplégico, após sofrer um acidente de moto, em 2010.

Natural de Marechal Floriano, Patrick integra, atualmente, a equipe de rugby em cadeira de rodas do Instituto Reabilitacional e Esportivo para Deficientes Físicos do Espírito (Irefes). O contato com o esporte, não tão comum para os brasileiros, ocorreu ainda durante sua internação, no Hospital Sarah Kubitschek, em Belo Horizonte.

“Desde a primeira vez que vi o rugby, me apaixonei. Tanto que, assim que recebi o contato do treinador da equipe, logo combinei de conhecer”.

Os esbarrões e as quedas típicas da modalidade não assustaram Patrick. Mas, o trajeto de ida e volta dos treinos era um desafio constante para o jogador.

“Eu morava na zona rural de Marechal e quando precisava vir para Vila Velha treinar, passava muitas horas na estrada. Quando a prefeitura não me trazia, eu tinha de vir de ônibus para os treinos. Nesses dias, tinha que acordar às quatro horas da manhã. E não acabava por aí. Assim que eu chegava na Grande Vitória, tinha que ir para o terminal de Jardim América para, só depois, ir ao Irefes, que fica em Vila Velha”, contou.

Os desafios só ajudaram a confirmar em Patrick a vontade de estar em quadra. Em 2015, buscando mais oportunidades dentro e fora do esporte, ele se mudou para Vila Velha, município onde acontecem os treinos.

“Se hoje eu tenho inúmeras possibilidades na vida, eu devo muito disso ao esporte. Após sofrer o acidente, eu só pensava em voltar a andar, mas depois que comecei a jogar, eu me aceitei, e tirei da minha cabeça essa neura de voltar a andar. Eu não desisti, continuo fazendo meus exercícios, faço a minha fisioterapia, mas estou tentando um novo rumo. E o esporte contribui muito nisso”, ressaltou.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

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