Hoje é o dia do goleiro. E entre tantos nomes que fizeram história, quero citar o talvez mais injustiçado de todos os tempos: Moacir Barbosa Nascimento, o Barbosa, goleiro da seleção brasileira da Copa de 50.
Goleiro que até o fim de sua vida, carregou o “peso” da derrota da Copa do Mundo de 1950.
Maracanazo
Na final contra o Uruguai, o Brasil se preparava para levantar a taça do mundo pela primeira vez. Quando o jogo estava em 1 a 1, naquele 16 de julho de 1950, o ponta uruguaio Ghiggia recebeu a bola na área e fingindo que iria lançar a bola, chutou no canto esquerdo do gol, pegando Barbosa de surpresa. Uma das poucas falhas do goleiro em toda sua carreira, fez dele o maior culpado da derrota de 50, que ficou conhecida como Maracanazo.
E foi aí, sob um público de quase 200.000 pessoas, que ele levou até o fim de sua vida a culpa da derrota.
Biografia
Nascido em Campinas, no dia 17 de março de 1921, começou carreira como ponta-esquerda do extinto Comercial da Capital. Já atuando como goleiro, foi jogar no CA Ypiranga do São Paulo. Era um goleiro seguro e elástico e devido a isso, chamou atenção do Vasco da Gama, sendo contratado em 1945. Barbosa fez história no clube carioca, que na época montara um dos seus maiores times: o Expresso da Vitória. Venceu os cariocas de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958 com a camisa vascaína.
Foi titular absoluto da seleção brasileira de 1949 a 53. Encerrou a carreira em 1962, quando passou a trabalhar como funcionário da Suderj, no Maracanã.
Faleceu no dia 07 de abril de 2000, em Praia Grande, São Paulo.
Sobre a injustiça de 1950, assim escreveu Armando Nogueira, um dos mais geniais cronistas esportivos que o Brasil já teve: ”
“Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 50, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera.”
Fico me perguntando o que diria Barbosa, caso estivesse vivo, sobre aquele terrível 7 a 1…
Assista: Entrevista com Barbosa
Obs: Dedico o post ao meu falecido avô, Waldyr Albernaz, pó de arroz fanático e que me ensinou a amar o futebol. Lá em sua juventude meu avô foi goleiro e defendeu muitos gols em sua terra natal: Cardoso Moreira (RJ).
E para duas feras que não vi jogar mas que assim como Barbosa, merecem um pedestal e toda minha reverência: o russo Lev Yashin – o ‘Aranha Negra’ e Raul Plassmann.
Oiii tudo bem? Espero que sim 🙂
Adoreii seu artigo continue assim!
Sucesso.