A paratleta capixaba Patrícia dos Santos, medalhista de prata do revezamento 4×50 m livre misto dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, vai embarcar nesta sexta-feira (11), para São Paulo, onde vai participar do Circuito Nacional de Natação Paralímpica, no sábado (12) e domingo (13). É a primeira competição depois dos Jogos e a última do ano.
Patrícia, que fez história ao ser a primeira mulher capixaba a conquistar uma medalha nos Jogos, continua com seu ritmo forçado de treinos. Para ela, a Paralimpíada do Rio 2016, deu mais gás para ir atrás dos seus sonhos. E o técnico Leonardo Miglinas faz a aposta para sua atleta neste Circuito Nacional. “A expectativa é de ganhar todas as provas e bater os recordes brasileiros nos 100 e 200 livres. Ela compete nos 50, 100 e 200 livre e o 50 peito. Na Paralimpíada Patrícia nadou os 50 livre e 50 peito.”, revelou.
Patrícia embarca com Tiozinho Júnior, outra fera recordista de medalhas e com Sthephany Nobre, uma promessa da modalidade no Espírito Santo.
Guerreira dentro e fora da piscina
Patrícia Pereira sofreu um assalto e, por consequência de um tiro, possui uma grave lesão medular. Ela, que era atleta de basquete, não deixou que a lesão a atrapalhasse na sua história de amor com o esporte. Saiu das quadras para as piscinas. Hoje, já são oito anos de natação.
Ela ainda dá um recado: “Se movimente, faça o que faz você feliz. O esporte não só me tornou uma atleta. O esporte deu sentido à minha vida. Eu era depressiva e imaginava que nunca mais iria fazer nada. Hoje, as pessoas me veem como referência, e isso é muito bacana. As pessoas não veem você como uma coitada”, finalizou a atleta.
Futuro
Stephany Nobre tem 17 anos e, segundo seus treinadores, é uma grande promessa da natação paralímpica capixaba. Ela começou a nadar aos quatro anos e está no projeto de natação da Prefeitura de Vitória, desenvolvido no Álvares Cabral, desde 2012.
Fera do nado borboleta: Waldir Alvarenga Júnior
“Júnior é um cara dedicado. Recordista brasileiro dos 50m borboleta, um atleta fenomenal, e bateu seu próprio recorde umas quatro vezes”. Essas são palavras do técnico Erich Chiabai que definem Tiozinho.
No dia 10 de maio de 1999, ele sofreu um acidente de carro e ficou tetraplégico. Foi na natação, nove anos depois, que ele encontrou uma força gigantesca e vontade de viver. A cada dia, uma batalha e uma vitória. O ritmo de treinos é pesado: de segunda a sexta pela manhã, musculação; e de segunda a sábado à tarde, natação, sempre acompanhado dos seus técnicos.
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