De olho em Paris 2024: capixabas sonham com vaga olímpica

É no tatame que Filipe Almeida planeja altos voos. Capixaba, hoje ele treina em São Caetano do Sul, em São Paulo, onde representa o Two Brothers Team. Hoje, ele conta que, aos 8 anos, foi convidado para conhecer a modalidade, que se apaixonou.

Já coleciona títulos expressivos na carreira, como uma medalha de bronze no Pan-Americano Júnior, realizado nos Estados Unidos, foi campeão de Grand Slam Júnior, campeão da Copa do Brasil e vice-campeão do Super Campeonato Brasileiro.

“Meu maior sonho é ser campeão mundial e olímpico. Tenho várias inspirações no esporte e, uma delas, é o Ícaro Miguel, um atleta excelente e, como pessoa, melhor ainda. E sobre minha preparação, digo que está muito forte para todos os desafios que estão por vir, como o Campeonato Pan-Americano e o mundial ano que vem”, contou.

Ele sabe que são muitas dificuldades, mas não pensa em desistir. “Um dos maiores desafios para todos os atletas é a condição financeira para poder investir no esporte. Apoios como em viagens internacionais, inscrições dos eventos, hospedagem e alimentação fora do País são as principais dificuldades por causa do alto custo. Precisamos de mais pessoas que acreditem no nosso sonho e apostem na gente”, disse o atleta.

Filipe fala ainda sobre sua modalidade e indica a todos que queiram praticar o taekwondo. “É um esporte bom não só para quem pretende fazer carreira, mas para a pessoa que pensa em fazer uma atividade física.”

Foto: Reprodução Instagram

Sobre Paris, ele fala: “A categoria que eu pretendo lutar ainda não está definida. Estou correndo atrás da pontuação para me classificar e, na hora certa, irei montar a melhor estratégia com meus treinadores para conseguir o melhor resultado.”

“Representar o Brasil é sempre muito gratificante. Não tem nada melhor do que entrar na quadra de luta e lutar pelo seu País contra outro adversário, que também está defendendo seu país. É um clima de guerra, onde todos querem o melhor resultado”, contou.

Ginástica rítmica

O Espírito Santo é um celeiro de atletas quando o assunto é ginástica rítmica: Natália Gaudio, Emanuelle Lima e Francielly Machado são algumas ginastas capixabas que já participaram de uma olimpíada.

E, Thaís Lourencini, 17 anos, é mais uma que quer entrar nesse seleto grupo de capixabas olímpicas. Com treinos na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport), em Vitória, ela representa o Clube Escola de Campeãs e é treinada por Ana Cristina Médice.

Thaís começou aos 9 anos por incentivo da mãe em um projeto social da Caixa. Talento nato, se apaixonou pela GR e já contabiliza medalhas em campeonatos brasileiros, jogos escolares e celebra convocações para a seleção brasileira.

Sobre Paris e se pretende disputar vaga na seleção individual ou por equipe, ela revela: “Estamos no período de montagem e preparação das coreografias para as próximas competições, treinando todos os dias com foco para chegar às olimpíadas. Já integrei a Seleção Brasileira de conjuntos, mas, atualmente, meu foco está nas disputas individuais.”

A principal diferença para a atleta é em dividir a quadra. Enquanto no conjunto a coreografia é realizada por cinco ginastas, no individual, o foco é apenas a ginasta e o aparelho.

“Os dois tem suas dificuldades e desafios, mas sempre me identifiquei mais com o individual”, comentou.

Contemplada pela Bolsa Atleta Estadual, ela também relata que os maiores desafios para os atletas no Brasil são em relação ao apoio.

“Os custos nos esportes profissionais são altos. Como todo atleta no Brasil, já enfrentei dificuldades para me manter no esporte. Mas, hoje, com o apoio da Bolsa Atleta, consigo perseguir o sonho olímpico.”

Sobre dicas pra quem deseja começar a modalidade, ela finaliza: “O mais importante é acreditar em si e terem foco. Assim, os resultados virão. Não existe uma idade ideal para começar, mas, quanto mais cedo melhor.”

Olimpíadas

Os jogos olímpicos serão realizados do dia 26 de julho até 11 de agosto de 2024 em Paris, França, e tem a expectativa de receber 10,5 mil atletas de todo o mundo.

Será a terceira vez na história em que a cidade sediará uma edição, sendo a primeira vez em 1900 e a segunda em 1924.

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