Além de fortes emoções e do sonho do título, os Jogos Estudantis deixam memórias que os participantes levam para a vida. Partindo para sua terceira edição, após dois anos de suspensão por causa da Pandemia da Covid-19, os Jogos já reuniram mais de dois mil e quinhentos alunos-atletas somando as edições de 2018 e 2019.
Um deles foi Guilherme Meirelles, que hoje tem 20 anos. Ele jogou pela equipe de futsal juvenil do SESI Civit, da Serra, em 2019, e lembra que a equipe chegou desacreditada na competição.
“Não tínhamos muito tempo pra treinar, porque além do ensino médio, tínhamos o curso técnico, que era integrado à grade. Iniciamos a primeira fase contra o SESI de Campo Grande, que tinha vencido o campeonato interno da Rede SESI poucos meses antes. Então era um jogo difícil pra gente, já que não tínhamos passado da fase de grupos daquele torneio”.
O pessimismo foi sendo deixado de lado, quando a equipe de Guilherme conseguiu uma vitória apertada sobre os favoritos, por 2×1. A alegria só não foi maior porque o SESI Civit terminou o jogo com dois jogadores expulsos, e um deles foi justamente… O próprio Guilherme. Hoje, ele lembra do momento com descontração, mas rendeu uma bronca do treinador na época: “A sorte é que a alegria da vitória e a festa da torcida tiraram o foco da expulsão”, lembra o rapaz.
Como os jogadores expulsos ficaram suspensos da partida seguinte, por conta do regulamento da competição, o SESI Civit acabou perdendo a partida seguinte. Mas Guilherme deu a volta por cima no jogo seguinte, no que pra ele foi o momento mais marcante da participação nos jogos.
“Foi no último jogo da fase de grupos, contra o Colégio José Bonifácio. Fomos perdendo para o intervalo e fui muito cobrado pelo treinador. Voltei pro segundo tempo e consegui fazer os três que nos permitiu virar o jogo e garantir a classificação para as semifinais”.
Na fase eliminatória, uma vitória por 2 a 1 sobre o Colégio Monteiro, de Vitória, colocou Guilherme e seus companheiros de time na grande final da edição. O adversário seria o Mundo Moderno, que segundo o próprio jovem, era a equipe mais forte da decisão. A vitória não veio, mas para Guilherme, isso é o de menos.
“Ficamos muito orgulhosos do nosso time por termos chegado até a final, mesmo com menos tempo de treino que as outras escolas. Consegui me destacar e fui até chamado para estudar em outras escolas e jogar nos times delas. Mas preferi continuar no SESI. Sem falar na torcida, que nos apoiou em todos os jogos e nos permitiu chegar tão longe.”
Guilherme não tem dúvidas de que valeu a pena participar do torneio, e garante que todos estudantes que tenham chance, deveriam participar dos Jogos Estudantis 2022.
“Vale muito à pena participar! Já disputei e até venci outros campeonatos, mas tenho um carinho especial pelos Jogos Estudantis. Não só pela campanha que fizemos, mas também pelas pessoas que conheci, as amizades que fiz com pessoas de outras escolas. Foi muito marcante pra mim.”