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Diniz faz desabafo e se diz honrado por fazer parte da história do Fluminense

Fernando Diniz comemora o seu terceiro título na carreira, o terceiro no comando do Fluminense, e cobra uma mudança na maneira de avaliar os jogadores

Redação Folha Vitória
Foto: Lucas Merçon/Fluminense

Fernando Diniz celebrou mais um título internacional com o Fluminense, com a conquista da Recopa Sul-Americana na noite de quinta-feira (29). Foi o segundo consecutivo, após a Libertadores do ano passado, e o terceiro no total em sua carreira de treinador — venceu também o Carioca de 2023 pelo time tricolor.

No embalo da conquista da Recopa Sul-Americana, o técnico fez breve desabafo e se disse honrado por fazer parte da história do clube.

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Diniz pediu mais respeito aos jogadores do Flu, principalmente os mais velhos, alvo de muitas críticas quando foram contratados, caso de Renato Augusto, Marcelo e Douglas Costa. O trio entrou em campo no segundo tempo e foi decisivo na vitória por 2 a 0 sobre a LDU, na partida da volta da Recopa, no Maracanã.

"Isso é uma bobagem, falta de respeito e inteligência. Se der tudo errado daqui para a frente, as pessoas já estariam erradas, porque ano passado ganhamos a Libertadores com o time mais velho da história, a média de idade mais alta. E ganhou jogando melhor que todo mundo, de times tradicionais. Foi vice-campeão do mundo", declarou Diniz, logo após a decisão contra a LDU.

O técnico também saiu em defesa de Thiago Santos e Diogo Barbosa, dois jogadores que foram criticados logo em suas contratações.

"Quando o Thiago e o Diogo vieram para cá, muitos devem ter criticado muito. E coloca um peso que precisa que a gente seja forte para caramba, porque eles não são aquilo que vocês (imprensa) falam. Eles são bons! A gente às vezes joga mal, é pressionado e sente. Jogador ruim é jogador sem confiança. Jornalista ruim é jornalista sem confiança, vai escrever matéria ruim e gaguejar na hora de falar", declarou Diniz, que pediu mais empatia aos jogadores de futebol.

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"É ter um pouco mais de boa vontade para se colocar no lugar do outro. Os jogadores vêm de lares desestruturados, se tornam profissionais e são bombardeados de críticas, então, é difícil suportar. A gente tem treinadores com 50, 60, 70 anos que ficam fragilizados. Se pudesse ter mais boa vontade e compreensão, de não achar que quem erra é ruim, daria para melhorar. Isso é uma coisa que eu luto a vida inteira", afirmou Diniz.

Elogios a Jhon Arias

O técnico elogiou ainda Jhon Arias, autor dos dois gols da partida. E explicou o desenvolvimento do colombiano, que está no clube desde 2021.

"Quando cheguei aqui, Arias era um talento imenso que precisava de alguma ajuda para dar conta desse imenso talento que ele tinha. E foi, aos poucos, reconhecendo sua capacidade, tendo cada vez mais confiança dentro do que ele já tinha. Uma pessoa tão excepcional quanto", elogiou Diniz.

Diniz soma agora três títulos em sua carreira, todos conquistados no comando do Fluminense. O peso dos troféus, contudo, já faz o treinador ser considerado um dos maiores da história do Flu.

"Agradeço muito a Deus por tudo que tem acontecido na minha vida. É uma honra imensa marcar a história com título. Poderíamos ter perdido também. O que temos que entregar sempre é o máximo a cada dia. Isso é o que procuro fazer a vida inteira, fazer o melhor para os jogadores, que o futebol seja um meio para melhorar a vida dos jogadores."

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