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Seleção que jogará nos EUA só tem dez remanescentes da Copa América de 2015

Poderiam ser 11, mas Neymar não estará nos EUA, pois terá de descansar agora por exigência de seu clube, o Barcelona, para então defender a seleção olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio

Redação Folha Vitória
Apenas dez jogadores que fizeram parte daquele grupo estão entre os atuais 23 eleitos do técnico Dunga Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Los Angeles - Um ano se passou entre a Copa América realizada no Chile e a que começa no início do próximo mês nos Estados Unidos. Da seleção brasileira que parou nos pênaltis contra o Paraguai nas quartas de final e a que tentará o título da disputa em comemoração ao centenário da Conmebol e do próprio torneio - antes chamado de Campeonato Sul-Americano - muita coisa mudou. Apenas dez jogadores que fizeram parte daquele grupo estão entre os atuais 23 eleitos do técnico Dunga.

Os "sobreviventes", que começaram a se apresentar neste domingo em Los Angeles para iniciar a preparação visando à estreia de 4 de junho contra o Equador, são o lateral-direito Daniel Alves, o zagueiro Miranda, o lateral-esquerdo Filipe Luís, os meio-campistas Elias, Casemiro, Willian e Phillipe Coutinho e o atacante Douglas Costa. Além do lateral-direito Fabinho e do zagueiro Marquinhos, ambos com idade olímpica e presentes nas convocações para as duas Copas América.

Poderiam ser 11, mas Neymar não estará nos Estados Unidos, pois terá de descansar agora por exigência de seu clube, o Barcelona, para então defender a seleção olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio.

A Olimpíada que se aproxima teve algum reflexo na mudança profunda no grupo promovida por Dunga. O treinador trouxe para os Estados Unidos sete jogadores com idades para tentar o ouro inédito pelo Brasil, para observá-los, testá-los e, de certa forma, já ir preparando-os para os Jogos.

Além de Fabinho e Marquinhos, foram convocados o goleiro Ederson, o zagueiro e Rodrigo Caio, o lateral-esquerdo Douglas Santos, o meio-campista Rafinha Alcântara e o atacante Gabriel. Esses sete só não estarão na equipe olímpica se forem muito mal, fora e dentro de campo, na Copa América.

MUDANÇAS - Mas há outro fator que influiu na alteração do grupo. Vários jogadores que foram ao Chile em 2015 estão hoje "queimados" com Dunga e a comissão técnica. Podem até ter nova chance na seleção, mas tudo indica que não em um futuro muito próximo.

Encaixam-se nesse critério o goleiro Jefferson, que caiu em desgraça tanto por falhar contra o Chile na estreia da Copa América de 2015 como por reclamar publicamente da barração, o zagueiro Thiago Silva, pela "mão boba" que levou o Brasil à disputa por pênaltis e a posterior eliminação no jogo com o Paraguai, e David Luiz, pelo conjunto da obra de erros em vários dos jogos recentes da seleção. Diego Tardelli, Everton Ribeiro e Robinho também parecem que ficaram no passado.

Dunga não comenta diretamente as mudanças por atacado. Mas não se cansa de dizer que, na seleção, jogador que bobeia perde o lugar. Para ele, que está em situação desconfortável pela fraca campanha da seleção nas Eliminatórias, o que importa no momento é montar time, e grupo, que se mostre capaz de obter bons resultados. "A seleção tem de ser competitiva, mas também deve usar o talento. Temos de ter jogadores que driblam, buscam o gol, buscam o resultado", disse recentemente.

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