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Competição amadora de Bodyboarding conta com atletas de Guarapari no pódio

Rogério Norbim, Ana Luiza Alves e João Neto, participaram da segunda etapa do Circuito Capixaba de Bodyboarding, realizada no último final de semana em Vila Velha.

Foto: arquivo pessoal
Onda enfrentada por Ana Luiza Alves, de 20 anos.

As ondas de mais de dois metros, registradas em Vila Velha no último final de semana, não assustaram os moradores de Guarapari que participaram da segunda etapa do Circuito Capixaba de Bodyboarding. Rogério Norbim, Ana luiza Alves e João Neto garantiram lugar no pódio da competição amadora, representando o município entre atletas de alto nível.

Ana Luiza Alves, de 20 anos, ficou em 4º Lugar na Categoria Open Feminino. A moradora de Guarapari destaca que, um dos desafios, foi o tamanho das ondas, que chegaram a mais de dois metros na série. “Foi o maior mar que eu já competi. Durante todo o campeonato o mar estava pesado, difícil de entrar, difícil de segurar e até mesmo para furar. Mesmo com essas dificuldades, avancei para a final e fiquei com a quarta colocação. Não foi o melhor resultado, mas estou feliz de ter competido e ter entrado naquele mar”, descreveu.

Foto: Nívea borghi
Ana Luiza Alves (1ª à direita) ficou em 4º lugar na categoria Open Feminino.

Rogério Norbim, 23, explicou que já esperava pelo mar difícil. Por isso, o atleta, que ficou em 3º lugar na categoria Open Masculino reforçou os treinos. “Eu já estava bastante focado para essa etapa, pois era uma etapa importante. Isso porque eu havia ganhado a primeira que aconteceu no começo do ano, e seriam pontos importantes para mim. Também já sabia que não seria fácil, devido às condições do mar e os atletas de alto nível”, enfatizou.

Foto: arquivo pessoal
Rogério Norbim na competição. 

Para João Neto, de apenas 13 anos, a competição também foi desafiadora. O morador de Guarapari, que treina há cerca de um ano, ficou em 4º lugar na categoria sub 14. “Estar ali foi muito bom. Pretendo continuar participando de competições como essa”, destacou. O morador conta que, quando o mar de Guarapari ajuda, chega a treinar todos os dias da semana ou até duas vezes no mesmo dia. “Eu sempre gostei de surfar, mas há um ano eu decidi que tinha que levar o esporte a sério”, ressalta.

Foto: Nívea borghi
João Neto ficou em 4º lugar na categoria sub 14.

Importância do Esporte

Já Ana Luiza afirma que o Bodyboarding é sinônimo de disciplina na vida dela. A atleta, que compete há quatro anos, divide os treinos entre a parte física, na academia, e a preparação no mar que acontece todos os sábados em uma instituição na Barra do Jucu. “Quando o mar está bom em Guarapari eu treino mais vezes na semana, mas é bem difícil. Esse foi um dos motivos que me fez procurar a instituição lá na Barra do Jucu”, reitera.

Os treinos intensos também fazem parte da rotina de Rogério. O atleta afirma que treina três vezes por semana dentro e fora d’água. Para ele, o Bodyboarding já faz parte da própria vida. “É uma base para meus objetivos, não só no esporte, mas também para minha vida pessoal. Eu aprendi muita coisa dentro do esporte, como saber me tornar um cidadão de bem, ter fé para meus objetivos, conhecer lugares maravilhosos e fazer boas amizades. Posso dizer que o Bodyboarding faz parte da minha vida”, frisou.

Foto: arquivo pessoal
Rogério Norbim

Nívea Borghi, atleta profissional de Bodyboarding de Guarapari, que já coleciona vários títulos no esporte, destacou a importância das competições amadoras para o incentivo da categoria de base. “Os profissionais não nasceram do nada. Começou da base. Atletas que hoje são o que são tiveram que passar pela base. Então eu acho que é de extrema importância a participação da categoria amadora em todos os circuitos, a nível nacional, estadual e regional”, argumentou.

A competidora ressalta que o esporte também pode ser um instrumento para impedir que crianças e adolescentes não se envolvam com o crime. “Existem muitos atletas da categoria de base, nas escolinhas, que são da periferia, áreas de risco, onde o incentivo é voltado para as drogas e violência. Então esse trabalho acaba fazendo com que esses atletas não se envolvam com esse tipo de criminalidade”, concluiu.

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