Palestina ataca Fifa por levar jogo com a Arábia Saudita para campo neutro
Ramallah - A decisão da Fifa de marcar a partida da seleção palestina contra a Arábia Saudita, válida pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2018, para um campo neutro, foi "injusta e repreensível", atacou nesta terça-feira o presidente da União de Futebol da Palestina.
Jibril Rajoub acusou a Fifa de ceder à pressão da Arábia, ao concordar em mudar o jogo, marcado para 13 de outubro, da Cisjordânia para a vizinha Jordânia. Em uma carta ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, Rajoub disse que estava "chocado" pela decisão após os times se enfrentarem em Riad.
"O recurso da Fifa dessa forma reflete a insistência em não vir para a Palestina sob quaisquer circunstâncias", disse Rajoub em entrevista à agência de notícias Associated Press. "A União Palestina vai usar todos os instrumentos jurídicos e internacionais para revogar esta injustiça".
A Fifa afirmou que a decisão era "final e vinculativa", deixando com a Palestina a decisão de jogar na Jordânia ou desistir da partida. A Federação de Futebol da Arábia elogiou a Fifa por aceitar o seu pedido, dizendo que "entende a justificativa".
A Palestina chegou a oferecer helicópteros para a Arábia Saudita, que se recusa a ter qualquer contato com Israel, incluindo passar pelos seus postos de controle. Mas com a decisão da Fifa, o jogo será realizado mesmo na Jordânia.
A Arábia Saudita ocupa o segundo lugar do Grupo A das Eliminatórias Asiáticas com seis pontos, logo à frente da Palestina, com quatro. Os dois primeiros colocados da chave, disputada por cinco seleções, avançam para a próxima fase do torneio classificatório.