Joanna Maranhão celebra quarta Olimpíada: 'Jamais imaginei viver isso aos 28'
"Eu amo essa prova de um jeito que não sei explicar. Eu posso até ficar um pouco nervosa no começo, mas quando estou atrás do bloco eu sinto uma felicidade imensa" disse a atleta
Palhoça - Joanna Maranhão chegou a largar o esporte, cansada de "dar murro em ponta de faca", como dizia. Voltou à natação em 2014 e agora, aos 28 anos, está qualificada para disputar sua quarta edição de Jogos Olímpicos. O primeiro índice para a Olimpíada do Rio veio na manhã desta quinta-feira, nos 400m medley.
"Eu amo essa prova de um jeito que não sei explicar. Eu posso até ficar um pouco nervosa no começo, mas quando estou atrás do bloco eu sinto uma felicidade imensa. Estar feliz assim e conquistar minha quarta Olimpíada é muito bom. Jamais imaginei que com 28 anos estaria vivendo isto", comentou Joanna após atingir o índice vencendo o Brasileiro Sênior, em Palhoça (SC).
Ela foi finalista dos 400m medley em Atenas-2004, completando aquela final em quinto, com 4min40s00 no cronômetro. Por mais de 10 anos, falhou na tentativa de quebrar essa barreira, pegando trauma de nadar a prova. Ela só alcançou a casa de 4min39s no Pan de Toronto, em julho. Em Palhoça, fez 4min40s78 para quebrar o recorde da competição.
"Eu passei por vários momentos de dúvidas, mas pessoas entraram no meu caminho, ao longo dos anos, para me mostrar que ainda era possível e sem eles eu não estaria aqui fazendo esse quarto índice. Agora que sei que estou lá (na Olimpíada), eu quero muito viver isso", disse.
Em teoria, outras duas brasileiras ainda podem fazer marcas melhores no Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio, e deixar Joanna fora da Olimpíada nos 400m medley. Na prática, entretanto, isso é impossível. A segunda melhor do País, Florencia Perotti, nadou uma única vez abaixo de 4min50s - fez 4min46s no Maria Lenk desse ano.