Toda história costuma ter dois lados e em se tratando de pessoas, muitos pontos de vista. O importante é sabermos separar fatos, dados, opiniões e julgamentos. No que tange o comércio local isso não é diferente, e por isso vale a pena refletir.
No início da semana, escrevi um artigo reforçando a importância de apoiar o comércio local, com base em fatos e dados a respeito de empregabilidade e criação/extinção de postos de trabalho ao longo dos últimos 14 anos. Estas informações tiveram como fonte o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) bem como o Ministério da Economia.
Fiquei bastante satisfeito com o alcance que o tema teve e o nível de engajamento dos leitores mas confesso que chamou atenção os comentários críticos ao comércio local no aspecto de preços altos.
É comum que os críticos se manifestem mais do que os apoiadores, mas ainda assim, o crítico também é cliente e é importante observar o que tem a dizer. Se fizer sentido, identifica-se um ponto de melhoria. Se não fizer sentido, toma-se nota e segue adiante.
Quanto aos preços altos, observei que a crítica se fez presente em cidades do interior bem como em bairros mais humildes ou periféricos. Importante porém, analisar a estrutura de mercado para evitar erros de interpretação e alinhar expectativas.
A título de exemplo, um leitor mencionou que “o preço no comércio local era mais caro do que em uma Grande Rede a alguns minutos da sua casa”.
Aqui vale ressaltar que o mercado local traz a mercadoria para mais perto de sua casa, economizando tempo que gastaria com o deslocamento até a Grande Rede, bem como o custo do transporte para aqueles que utilizam ônibus/aplicativos/combustível.
Seguindo, vale frisar que Grandes Redes por comprarem em grandes volumes naturalmente tem preços mais competitivos do que pequenos comércios locais. O esperado portanto é que o comércio local possa ter preços mais elevados do que Grandes Redes. Não é regra, mas é mais comum.
Cabe a cada consumidor portanto, analisar em virtude de sua realidade e descobrir se a compra faz sentido ou não. Em momento algum espera-se que o cidadão ou o comerciante tenham prejuízo.
O preço é livre e o cliente também. Sem confiança, ambos perdem mais do que ganham. O importante é fazer as contas tanto na venda quanto na compra e tomar a melhor decisão. Afinal, até hoje o melhor negócio continua sendo aquele que ambas as partes saem satisfeitas.
*artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
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eu apoio os pequenos comércios nós bairros facilita nossas vidas . ganharmos mas tempo também .com ida e vinda aos grandes supermercado..
Boa matéria. Quando se trata de preço muitos não levam em conta o custo do deslocamento para comprar mais barato.
Bom negócio é isso, quando faz sentido para o cliente e para o empresário.
Bom dia,sou dono de um comércio de bairro e vale notar que além do que foi citado existem inúmeros fatores pra questão de preços,vou citar dois : hoje no estado há uma discrepância nas alíquotas de arrecadação de impostos,enquanto alguns chegam a pagar 27% de imposto em determinados produtos e 17% na maioria,já os atacadistas com incentivo do governo com a desculpa de ´´gerar postos de trabalho “,pagam salve engano apenas 2,5% em tudo( pode se notar quantos estão abrindo e todos eles pertencentes as redes de supermercados já existentes,por que será? ),o que ajuda principalmente na grande vitória a enterrar muitos ´´pequenos“ e na verdade a substituir ao invés de gerar empregos; outro importante é uma estratégia muito simples , as redes chegam a colocar produtos com margem negativa pra atrair o cliente ,esses são os mais básicos que são os que as pessoas memorizam mais ( arroz,feijão,leite,óleo,etc…) tendo em vista que as pessoas não saem de casa pra ir num grande pra comprar somente 5 kg de arroz,ele vai adquirir muitos itens ( nesses outros a margem é aumentada pra compensar,tornando muitos desses produtos do mix mais em conta no ´´pequeno“) e o lucro é diluído nesse mix,já no bairro o cliente compra apenas os itens que ele precisa na hora , inviabilizando muitas vezes essa prática.Algumas vantagens dos comércios de bairro são a proximidade e praticidade pro consumidor,pois conhecem bem seus clientes e sabem suas preferências bem como ter um contato direto,além da facilidade de comunicação e ações como entregas e pedidos e informações por redes sociais e apps de comunicação direta( whatsapp ).
Em um negócio é de grande importância haver esse equilíbrio e todas as partes saírem satisfeitas.