Todos já escutamos histórias de pessoas que mudaram bastante depois de alguma perda, trauma, acidente ou grande comoção. É natural que quando somos confrontados com cenários drásticos, a mudança seja o caminho para a “sobrevivência”. É como se de repente um novo capítulo tivesse que ser escrito em nossas vidas para conseguirmos seguir adiante, superando o impacto a que fomos submetidos.
Mas será que precisa ser sempre assim? Será que vamos precisar perder algo ou alguém para sair do lugar? Será que sempre o sofrimento vai ser a mola propulsora da ação? Espero que não.
Muitas pessoas dizem que é necessário sofrer para aprender, e contesto essa idéia com muito afinco. Digo isso pois temos a inteligência a nosso favor, e de maneira consciente, ninguém escolhe sofrer. O sofrimento acontece quando ignoramos a realidade diante de nós e criamos justificativas para não fazer o que é preciso.
No meio empresarial é comum ouvir a temática de “melhoria contínua” muito ligada a programas de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança. A idéia é que procedimentos, processos, formulários, responsabilidades e entregas sejam sempre revisitadas de tempos em tempos buscando tanto adequa-las a realidade como aprimora-las.
Meio a pandemia, o que mais escuto de empresários são as chateações que estão enfrentando durante este período. Não há como negar os efeitos: desde a perda de entes queridos, demissões, redução da atividade econômica e outras dificuldades.
Mas se esta é a realidade a que estamos expostos, precisamos analisar os caminhos a serem tomados e investir nosso tempo em melhorar, ao invés de gastar nosso tempo reclamando. Se apesar das chateações, mais tempo foi o que ganhamos, devemos utiliza-lo para sair melhor do que entramos nesta crise.
Estudar sobre gestão financeira e atendimento ao cliente, permitirá que cada consumidor seja tratado com zelo e sinta prazer em consumir, aumentando a retenção dos clientes e maximizando a captação de novos.
Estudar ferramentas digitais permitirá ampliar os canais de vendas e acesso ao cliente, identificando demandas, sanando dúvidas e se fazendo presente mesmo ausente: de forma gratuita.
Não podemos esperar o prejuízo para melhorar a gestão, assim como não podemos esperar a reclamação para melhorar o atendimento. Quaisquer que sejam os indícios que seu negócio vinha apresentando, culpar a crise é tapar os olhos pro que está além dela.
Pra todos os efeitos, melhorar devia ser regra e não exceção. Pra quem acha que isso só se aplica ao empresário, leia novamente: vale pra qualquer um.
*artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
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As mudanças, seja por perdas ou não, é o caminho de evolução. Quando somos confrontados com os desafios que as mudanças apresentam, é para mostrar a sabedoria interna que cada pessoa possui, e a partir dela extrair nossa capacidade de resiliência e discernimento, seja para vida profissional, pessoal ou espiritual.
Estava pesquisando na internet e vi seu Blog. Achei o conteúdo muito bom! Parabens!! Dr. Sammy
Mudamos predominantemente por dois motivos, forte impacto emocional, que pode ser uma grande perda como citou no texto, ou por disciplina.
Nesse último caso a mudança ocorre pelo desejo de uma conquista. E não pela fuga de um resultado. Eu acho todas as formas de mudanças válidas, desde que as mudanças necessárias sejam feitas.
Mas entendo perfeitamente o seu conselho, de fato, se fizermos da melhoria contínua um hábito, teremos muito mais mudanças por disciplina do que por fortes impactos emocionais.
Eu adotei a melhoria contínua para minha vida desde de quando estagiei na antiga Arcelor Mittal, pois aprendi esse termo lá (2005). Tenho a meta de ser hoje melhor do que ontem, mas não melhor do que amanhã.
Esperar apenas por mudanças que ocorram por forte impacto emocional é arriscado. Pois essas tanto podem gerar mudanças com resultados positivos, como traumas. Já a disciplina tem um alvo definido com precisão. Logo, o disciplinado consegue viver exatamente a vida que quer.
Gostei do texto e percebo que a maioria das vezes nos preocupamos em melhoria contínua sempre em relação ao lado profissional.
Tenho um filho de 12 anos e pela primeira vez exceto em período de férias consegui tempo para almoçarmos juntos entre outras coisas por 100 dias e isso é muito gratificante como mãe e profissional. Valorizar as coisas simples e principalmente as pessoas são desafios do processo de melhoria contínua pessoal.