Com certeza você já escutou nos últimos tempos sobre artistas, figuras públicas, empresas ou até marcas que foram “canceladas” especialmente no meio digital. Tendo comportamento questionável ou declarações ofensivas, inicia-se uma reação em cadeia contra aquele que proferiu tais palavras ou ações, causando um efeito de desmoralização e exposição ao ponto de perderem contratos, clientes ou valor.
Sem entrar na idéia de segregar o tema como algo bom/ruim, procuro investigar o que este comportamento ás vezes extremado pode significar e o que não estamos enxergando.
Tirando um recorte dos últimos anos, observamos que artistas, figuras públicas, políticos pareciam ter “licença poética” como se fama ou autoridade fossem permissão para fazer e falar o que tivessem vontade. A cultura do cancelamento neste caso, ocorria por conta da mídia quando a mesma resolvia expor. Um pouco como ainda vemos hoje, parecia haver uma sensação de “celebração do mal feito”.
Reagindo a este extremo, passamos pela cultura do cancelamento silenciosa, aquela em que um empresário de sucesso é criticado como ladrão, ou a união de um casal é tida como “por interesse”. Seguindo nessa linha, turbinamos a cultura do cancelamento ao impensado: romper longas relações de amizade ou estruturas familiares pela simples maneira distinta de pensar, e aqui vale destacar as eleições de 2018.
Não fosse isso o bastante, elevamos o tom ao que percebemos hoje: qualquer que seja seu posicionamento, todos estão sujeitos a críticas por quem pensa diferente, e quanto maior sua relevância, maior o peso de suas declarações. Neste aspecto é preciso refletir: ninguém é perfeito.
Por vezes confundimos número de seguidores com maturidade ou fama com sabedoria, e este talvez seja um problema. Atribuímos aos “ídolos” a responsabilidade de serem modelo a todo instante, quando na verdade não passam de pessoas comuns em busca de sua própria evolução. No caminho contrário, ignoramos sábios ensinamentos e dicas valiosas apenas por não estarem em destaque nas redes sociais.
Reagir de maneira forte a determinados aspectos revela duas coisas: já não é aceito o mal feito sem arcar com as consequências do mesmo, mas também, aproveitamos esses momentos para extravasar toda raiva que armazenamos dentro de nós uma vez que “tenhamos razão”. E este último é que requer nosso cuidado.
Se no processo de cobrar responsabilidade nos excedemos a ponto de ofender e torturar outras pessoas, abrimos mão exatamente de tudo aquilo que nos torna humanos. Que possamos ser maiores do que aqueles que nos ofendem e lembremos das sábias palavras: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!”.
*artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
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Errar e não ser cancelado (leia-se: não sofrer alguma consequência) pode não colaborar com a mudança de quem errou, ao mesmo tempo que errar e ser cancelado ao ponto de não conseguir se recuperar jamais também não colabora com a mudança.
Vamos a um exemplo. O Leandro Narloch, ex comentarista da CNN foi demitido depois fazer um comentário sobre uma mudança na regra que proibia homossexuais de fazerem doação de sangue. Ele, em sua fala, cometeu alguns equívocos, trocando “Orientação Sexual” por “Opção Sexual”, por exemplo. Além disso, cometeu outros equívocos que me pareceu mais desinformação do que preconceito.
A emissora, por sua vez, decidiu por demiti-lo. Apesar de ser uma decisão interna, achei pesada demais pelo erro. Ele poderia ter sido advertido antes de ser demitido, pois entendo que dessa forma, é dado a chance do reparo, da evolução que buscamos.
Falou tudo.
Antes mesmo de passar por esse “massacre do cancelamento”, via acontecendo com famosos e até mesmo colegas de profissão e já repreendia o comportamento das pessoas com tais atitudes. Era de partir o coração.
“Como pode alguém ser tão cruel a ponto de ir no perfil da pessoa para ofender?”, me questionava.
“Será que as pessoas andam muito desocupadas ou será que elas são muito frustradas a ponto de pregar o ódio dessa maneira?” Ainda não obtive resposta!
O fato é: dizem que cada um dá o que o seu coração está cheio!
🤷🏼♀️ Vai saber.
Acho, só acho, que devemos ser menos “juízes” e se achar menos no direito de apontar o dedo para alguém que comete um deslize qualquer.
Deslize esse que, qualquer um de nós podemos cometer.
Devemos buscar ter mais empatia pelo próximo, de SER amor! 💗🙏🏻
#simplesassim
Gente, cono querem com isso, protejer todos os que vivem errados nesta nossa vida. Ao meu ver, isso é somente para acobertar as figuras Públicas Corruptas deste nosso País. Estão com isso, aplicando um grande golpe na Sociedade, na Sociedade Brasileira. Quero aqui deixar uma reflexão: onde algum pobre foi beneficiado com aquele Desgraçado e Vergonhoso golpe da Segunda Estância, que os beneficiados foram somente os Corruptos Amigos, Figurões da República, grandes Criminosos Ricos, Presidentes, Prefeitos todos os Desonestos que engrossam esse Time que ainda Figura no meio Público deste nosso Universos. Como se vê, jamais está em evidência, a Figura de Pessoas do povo humilde como: chefes de Famílias que Trabalham honestamente e contribui com os seus impostos regularmente, esse Cidadão, não precisa deste tipo de proteção, pois a sua vida toda, é pautada pela a decência, postura e muito rigor de Cidadania. Essa é a verdadeira visão, o resto, é livrar a cara de quem não tem nenhum Caráter na vida Pública e os seus asseclas com isso, querem livra-lo de ser execrado do meio Público para sempre. Abrem bem os olhos, estão querendo nos enganar com essa besteira. A pessoa que Erra, têm que ser Punida, ficando à cargo da sua consciência a reparação do seu Erro futuramente, após o cumprimento da Sanção imposta prevista em Lei. Eu tenho essa visão do assunto aqui em pauta.
Ola Carlos, obrigado pelo apoio ao Blog! No texto abordei exclusivamente comportamento/palavras ofensivas, e seu comentário aborda temas que não foram mencionados no artigo. A reflexão é simples e direta: responsabilizar pessoas por suas palavras e ações sem a necessidade de tortura-las/ofende-las no meio digital.
As pessoas estão muito reativas. A sensação é que parece que as pessoas são resistentes a se resolverem, só querem se vingar. Quando alguém é “cancelado”, é como se você fechasse a porta para essa pessoa. A pessoa não tem nem a chance de tentar reverter a situação. E como é dito no texto, ninguém é perfeito, todo mundo erra, e os erros são importantes para a gente evoluir e nos tornarmos pessoas melhores.
Na internet tudo é extremismo, é 8 ou 80. Ao mesmo tempo que vemos muita gente falando sobre empatia, sobre não julgar, parece que na internet isso tudo morre.
Acho que o respeito deveria ser colocado acima de tudo. Respeitar não quer dizer que você concorda com determinada atitude/ação. Você respeita, sem ofender e, simplesmente, segue sua vida. Se está certo ou errado, não é você quem vai dizer. A vida se encarrega de dar as respostas.