Na última semana estivemos conectados com o assunto mudança. Em geral percebemos que todos querem mudanças mas na maioria das vezes não estão dispostos ou desistem da idéia de mudar. As razões que levam a isso podem ser inúmeras. Isso se dá pela dificuldade de realizar a mudança, ou pelo medo de que ela nos leve a um cenário pior do que já vivemos.
O desconhecido é um tanto quanto assustador, e requer coragem enfrenta-lo sem perder foco de onde queremos chegar. Já vivemos e vimos exemplos demais do que deu certo e do que deu errado, de modo que uma coisa é certa: em vários casos, permanecer como estamos não é uma boa escolha.
Em amplo espectro, a mudança no mundo passa pela mudança das pessoas em diversos campos da vida: pessoal, interpessoal e profissional. Pessoalmente cada um pode procurar se conhecer e descobrir os gatilhos, traumas, crenças, pensamentos e emoções que tem orientado sua vida. No campo interpessoal, aprender a se relacionar com outras pessoas diferentes na maneira de ser, pensar, agir – conviver mais do que suportar e colaborar mais do que competir.
No campo profissional, descobrir que o constante aprimoramento depende exclusivamente de si e que ele extrapola a figura das pessoas físicas ou dos trabalhadores, abrangendo inclusive as pessoas jurídicas e empresários. Isso mesmo, as empresas também irão mudar, as empresas também irão evoluir. Pra falar a verdade, isso já vem acontecendo a alguns anos em outras partes do mundo, e mais recentemente no Brasil.
Um exemplo é o Movimento Capitalismo Consciente, que tem por base a idéia de elevar a humanidade por meio dos negócios e descobrir o “por quê” uma empresa existe, como base para mante-la no caminho certo. Acreditam que a existência dos negócios supera a idéia de obter lucro, e tratam o mesmo como meio para realizar um propósito, e não um fim em si mesmo.
Inclusive me recordo de assistir uma palestra sobre o tema onde o apresentador comparava uma empresa ao corpo humano: “o corpo produz glóbulos vermelhos para sobreviver. Nem por isso estamos na Terra só para produzir glóbulos vermelhos. Realizamos inúmeras coisas, e somos capazes de muito mais”. É de se pensar e refletir.
Destaco o trecho inicial do manifesto: “nós existimos para ajudar a transformar o jeito de se fazer investimentos e negócios no Brasil multiplicando os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável para diminuir a desigualdade”.
A partir da introdução a expectativa é boa, resta descobrir na prática o que isso significa – ao longo da semana vamos investigar.
* artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
** conteúdo em vídeo no canal do YouTube, inscreva-se!
*** receba os artigos em primeira mão e de fácil compartilhar, clicando aqui.
Excelente materia ,tudo haver com nosso momento atual e com a realidade que estou vivendo aqui na empresa.
Que abordagem holística! Esse é o verdadeiro conceito de empresa, um organismo dentro de outro organizadamente e equilibradamente possibilitando manutenção e crescimento de seus menbros. Parabéns!!!
Conçoante evolução do mundo muitas coisas vão crecendo, mas discobrimento cada vez TIC, cresce planeamento estrategico vai evoluir, e td isso é para mais da nossa autossuficiencia, material e economico.
Uma vez escutei uma frase que me fez refletir muito: empresas são formadas por vários CPFs e não por um número de CNPJ. Parabéns pela reflexão.
O discurso é lindo e eu abraço. De fato, empresas com propósito tem se mostrado mais fortes. Todavia, ao ver a Apple – referência neste aspecto – mudando suas campanhas baseadas em propósito para a velha concorrência de atacar os defeitos da concorrente, me faz refletir se esta fase de negócios por propósito supera o lucro! Sem lucro, talvez não haja propósito a que sustentar.
Lohami, com toda certeza o lucro é necessário. Todavia a idéia é que o lucro seja tratado como um meio, e não como um fim em si próprio.