Que viajar é uma delícia, não há dúvida alguma. Não são poucas as pessoas que economizam a vida inteira e pesquisam durante meses por pacotes de viagens que possibilitem que conheçam lugares novos do país ou do mundo.
Quem gosta de festa, procura pelos maiores eventos do Brasil, como Réveillon em Copacabana, Carnaval em Salvador, Oktoberfest em Blumenau e Natal em Curitiba, por exemplo.
Já quem prefere o contato com a natureza, sai em busca das melhores bicicletas para trilha, melhores pranchas para surf, boas cabanas para acampamento, e ruma para destinos paradisíacos, a fim de viver experiências únicas e marcantes.
Independentemente do local para onde os viajantes pretendem ir, sempre há algumas preocupações óbvias envolvidas na viagem e, por serem tão óbvias, seria natural acreditar que pouquíssimas pessoas passariam por problemas relativos a elas, mas a verdade é que nem todo mundo se atenta a coisas simples como:
Levar mais de um cartão de crédito, garantir que a conta corrente tenha saldo para °emergências, levar dinheiro em espécie na carteira, contar com roupas íntimas adicionais, fazer check-in online para evitar filas no aeroporto (benefício oferecido por algumas companhias, em sites como o da voegol), ter alguns remédios básicos na bagagem de mão (para dor de cabeça, cólica ou enjôo, por exemplo), se certificar de que o celular tem bateria o bastante para chegar ao destino ou ainda, crédito o bastante para não deixar o viajante na mão, são o básico para garantir que a viagem não contará com muitos contratempos, mas, se algumas pessoas não se atentam a isso, o que dizer de assuntos e detalhes mais sérios que podem ser, realmente, muito inconvenientes para qualquer viagem?
Muita gente não sabe, por exemplo, que para sair do país com um menor de idade, é necessário que os dois genitores estejam de acordo e que registrem um documento autorizando que a criança viaje.
Segundo um advogado especialista em direito de família consultado para esta matéria, se nenhum dos pais for viajar com a criança, é preciso que seja obtida autorização judicial para que o menor saia do país.
A autorização, emitida por um juiz da Vara da Infância e da Juventude ou pelos pais ou responsáveis legais, reconhecida em cartório, é necessária, inclusive, em viagens dentro do território nacional, caso a criança seja menor de 16 anos, ou se a viagem não for para dentro do mesmo Estado.
Quem viaja com menores e não se atenta a este detalhe pode ter o embarque impedido e perder uma viagem incrível por não ter se preparado com antecedência.
Geralmente, quem viaja para fora do país fica sabendo dessa necessidade e se organiza da forma correta, mas quando as viagens são entre Estados, não é incomum que haja problemas no embarque por falta da documentação.
Infelizmente, a questão relacionada ao embarque não é a única que pode colocar uma viagem a perder.
Viagens para regiões e localidades muito diferentes das que o viajante está habituado podem envolver novas (e perigosas) experiências.
Quem está acostumado a viver na cidade grande, pode nunca ter tido contato com certos tipos de insetos e descobrir, da pior forma, que é alérgico a picada de mosquitos, muriçocas e abelhas, ao viajar para uma região de mata, por exemplo.
Para evitar passar por isso, é essencial que haja repelente de boa qualidade na bagagem e que a quantidade seja suficiente para toda a viagem. A aplicação pode ser feita antes mesmo do embarque, para evitar surpresas logo na chegada ao destino.
Segundo o Dr. Andre A. Gauderer, médico alergista do Rio de Janeiro, outro tipo de problema muito comum está relacionado ao consumo de frutos do mar.
Muita gente sai do interior para conhecer as cidades litorâneas e se encanta com a possibilidade de experimentar camarão, ostras, casquinhas de siri e outras delícias marinhas, mas não faz ideia de que possui alergia a esse tipo de alimento.
O risco do consumo de frutos do mar por pessoas alérgicas é tão grande que pode até resultar em morte, e, por isso, não deve ser subestimado, principalmente por pessoas que vão viajar para locais afastados de grandes centros, que não contam com boa estrutura hospitalar.
Quem não sabe se tem ou não alergia a frutos do mar deve se precaver e, se possível, não experimentar as iguarias quando não tiver chances de ser socorrido em pouco tempo, afinal, ninguém quer uma crise alérgica grave como lembrança de uma viagem.
Como se pode notar, algumas preocupações vão além das óbvias, mas podem fazer a diferença entre uma viagem incrível e um verdadeiro drama de férias.
Tomar certos cuidados pode garantir que as lembranças sejam de momentos muito agradáveis e evitar que problemas evitáveis coloquem o sonho a perder.
Redação: Bruna Bozano.