Todos os anos passamos por datas comemorativas que naturalmente geram um grande alvoroço e movimentam o comércio nacional em inúmeros segmentos. Uma dessas ocasiões é exatamente a Black Friday, que inaugura o início das compras e promoções para festividades de final de ano, em especial o Natal. Importada dos Estados Unidos e potencializada pela tecnologia, atualmente as promoções incluem desde pequenas lojas a grandes varejistas em todo Brasil e ao redor do Mundo.
Em torno desta ocasião vemos publicidade espalhada em inúmeros veículos de comunicação, redes sociais, e inclusive nas ações de marketing direcionadas aos consumidores. Na larga maioria as ações estimulam o consumo e a aquisição, sob o gatilho de algo “imperdível”, criando expectativa e citando escassez. Talvez por isso, vemos inúmeras pessoas comprando coisas que não são exatamente necessárias, mas que gostariam de ter algum momento e antecipam em virtude desta percepção de oportunidade.
Num ano de pandemia todavia, vale a pena analisar o que há em torno desta ocasião. Se por um lado o aumento das vendas e comércio pode ajudar trabalhadores e empresas a minimizarem prejuízos, por outro a emoção do consumo pode piorar a vida do consumidor se atrapalhar seu equilíbrio financeiro e endivida-lo. Ainda que a escolha seja individual, sabemos que nem todo mundo “faz conta” e muitos se rendem as emoções muito mais do que a razão.
Neste contexto, achei bem bacana a iniciativa do Grupo Natos que propõe algo diferente na sua “Black Natos”, com o conceito “não gaste dinheiro à toa nesta Black Friday” ou “termine 2020 com as finanças em dia”. O Grupo que trabalha com multipropriedade de férias, reconhece que o ano não foi fácil ao se comunicar com seus clientes. Exatamente por isso, seus descontos são focados na quitação dos débitos que eventualmente possa haver por parte de seus clientes.
A ação é inteligente e empreendedora pois ao mesmo tempo que busca a redução da inadimplência em benefício do próprio Grupo, se preocupa em estimular o cliente a organizar as finanças neste fim de ano e iniciar 2021 com o pé direito, funcionando também como uma campanha de conscientização. Inclusive menciona o uso do Whatsapp para negociar e resolver de forma ágil, evitando filas de espera em call centers.
Ação inusitada diante um quadro atípico num mercado peculiar só demonstra como criatividade e cuidado com o cliente sempre são boas estratégias para prosperar. E você, vai gastar e consumir ou economizar e organizar?
* artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.
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