Não é novidade para ninguém que de uns anos para cá a tecnologia faz parte do nosso cotidiano. A cada dia que passa, mais inovações tecnológicas são despejadas em cima de nós. No setor educacional, entretanto, essas novidades estão sendo aderidas de forma tardia e lenta.
Com as medidas de segurança contra a propagação do novo coronavírus, as aulas presenciais em todo o Brasil foram suspensas por tempo indeterminado. Dessa maneira, instituições de ensino se viram na obrigação de contornar a situação. E a principal forma para amenizar o cenário negativo foi adotando inovações tecnológicas.
De acordo com o escritor, palestrante e CEO da WIS Educação, Leonardo Carraretto, a pandemia da Covid-19 foi a “gota d’água” para que as instituições de ensino incorporassem inovações tecnológicas.
“Centenas de formas de democratizar e facilitar o aprendizado foram adotadas com velocidade após a pandemia. E a digitalização pressupõe que o que é bom para os aprendizes irá permanecer, independente da tentativa de preservação que existe dos padrões anteriores. Está ficando cada vez mais claro que o aprendizado é muito mais eficaz do que a educação, o que pode parecer só um jogo de palavras, mas que representa uma transformação completa no sistema de ensino”.
Apesar disso, Leonardo acredita que grande parte das instituições de ensino não aproveitou o momento para promover significativas mudanças estruturais.
“De modo geral, poucas instituições procuraram reconstruir seus modelos. Algumas investiram mais em reformar salas para continuar transmitindo ao invés de cogitar que o modelo utilizado tem pouco futuro. No nosso caso, da WIS Educação, foi muito mais fácil, porque encaramos com nossa disrupção. Afinal, a gente fala disso o tempo todo. Então, quando apareceu, já reconhecíamos e não sabíamos o que fazer, mas que precisávamos fazer. Eu acredito muito na frase do Winston Churchill: ‘nunca desperdice uma crise’. E acredito que poucos aproveitaram, mas sempre foi assim”.
Inovações tecnológicas no futuro
O retorno das aulas presenciais está cada vez mais próximo. Porém, é natural que a partir do quadro gerado pela pandemia da Covid-19 as escolas se utilizem cada vez mais de aulas on-line, ensino a distância etc.
No entanto, para o CEO da WIS Educação, os agentes educacionais ainda não estão 100% preparados para esse novo cenário.
“Ainda não (preparados para o quadro com mais aulas remotas e EaD). Acredito que avançamos, de forma forçosa, mas avançamos em termos de comportamento. Teremos um período de cansaço de telas, mas acredito que voltaremos de forma diferente em breve, interagindo com o aprendizado”.
Apesar disso, Leonardo projeta um futuro animador a médio e longo prazo. “Talvez, para quem leu tudo, possa parece discurso, ou até agenda, mas a conversão do processo formal de educação para um processo de aprendizagem é urgente. Precisamos criar aprendizes, pessoas que saibam aprender a aprender. Existem alguns dados que dizem que esta geração será muito afetada até o final do século. Mas acredito firmemente, como um bom otimista, que temos tecnologia e recurso para reverter isso”, finaliza.
Veja mais conteúdos sobre educação e tecnologia no EducaTech.